Conforme o Acorda Cidade já divulgou, o advogado ajudou a destruir provas digitais de crimes cometidos pela organização criminosa.
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No final da manhã desta terça, uma coletiva de imprensa, de modo virtual, foi concedida pela Polícia Federal. O delegado Geraldo Sérgio Silva de Almeida, inicialmente, explicou como teve início a Operação Patrocínio Indigno.
“A investigação que culminou na deflagração da Operação Patrocínio Indigno é o desdobramento da operação El Patrón. Durante o curso das investigações, ficou evidenciada a participação de um advogado, em que ele teve acesso a um dos presos da operação El Patrón e, a partir daquele momento, ele repassou as informações que o custodiado havia declinado a ele para outros integrantes da organização a fim de que procedesse com a destruição das provas. É um enorme prejuízo para as investigações, tendo em vista que este é um dos nossos casos descobertos, não sabemos se esses investigados já adotaram outras providências para destruir outras provas. Então a partir destas provas destruídas, poderíamos alcançar, evoluir com as investigações. A gravidade é imensurável neste momento, podemos afirmar que houve sim um prejuízo para as investigações”, afirmou.
De acordo com o delegado, existem servidores, agentes e até mesmo, políticos envolvidos no esquema.
“O termo facção criminosa é um termo abrangente, mas o que podemos afirmar, é que se trata de uma milícia, é o estado leiloado ao crime organizado, tendo em vista que há integrantes do próprio Estado participando de atividades criminosas, sejam agentes públicos, servidores do sistema de segurança pública, como também agentes políticos envolvidos e entre outros criminosos. Então a atividade de milícia está em um nível de complexidade muito maior, são atividades que muitas das vezes são travestidas de legais, mas por trás existe todo um sistema ilícito envolvido”.
Ainda segundo o delegado Geraldo Sérgio Silva de Almeida, o cumprimento do mandado de busca e apreensão na casa do advogado foi realizado com representantes da OAB.
O superintendente adjunto da Receita Federal do Brasil na 5ª Região Fiscal, Ricardo Machado, relembrou também os crimes cometidos pelos investigados.
“Os envolvidos na operação estão sendo alvos de uma investigação conjunta, como já falamos desde o início, e no caso da Receita, os crimes de sonegação tributária e lavagem de dinheiro serão apurados e representados também para a denúncia junto ao Ministério Público. Os processos penais, outros crimes envolvidos, também estão na alçada da polícia que vem na mesma investigação obtendo as mesmas provas. As provas estão sendo trabalhadas juntamente com o objetivo comum de apurarmos todos os crimes envolvidos, além da sonegação tributária e lavagem de dinheiro, tem a formação de quadrilha”, concluiu.
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