Polícia

Filha nega que foi estuprada pelo pai e diz que madrasta mentiu para a polícia

No dia da prisão, o acusado informou que a esposa estava interessada na aposentadoria dele, e que por isso queria que o mesmo fosse preso.

Andrea Trindade

O motorista Luis de Menezes foi preso na última quinta-feira (22), acusado de estuprar a filha de 7 anos. A queixa foi prestada pela mãe da garota, que inclusive informou à polícia que o acusado teria estuprado outra filha, do primeiro casamento, há 30 anos. Esta procurou o Acorda Cidade para informar que nunca foi estuprada pelo pai e que a atual esposa dele estava mentindo.
 
“Estou muito chocada com a prisão do meu pai. É pura mentira. Ela se aproveitou da situação que ela está agora para fazer isso. Meu pai convivia com minha mãe muito bem, ela apareceu do nada. Ela vivia lá em casa porque era manicure, via a relação boa do meu pai com minha mãe e criou inveja e agora está com ele. Se minha mãe acabou falecendo foi por causa dela, porque minha mãe entrou em depressão”, disse.  
 
A jovem conta que há 30 anos ela tinha um ano de idade, e que com seis anos levou uma surra. “Quando eu tinha seis anos de idade ele me deu uma surra e depois que ficou chateado com o que fez olhou as marcas que ficaram na minha perna. De uma surra para um estupro, há muita diferença. Quem não presta nesta história toda é ela”, disse.
 
No dia da prisão, o acusado informou que a esposa estava interessada na aposentadoria dele, e que por isso queria que o mesmo fosse preso.
 
De acordo com  a delegada Martine Veloso, a  criança de sete anos contou com detalhes o que houve e por isso solicitou a prisão preventiva de Luis de Menezes.
 
O advogado Péricles Novais, que foi constituído para defender o motorista, questionou a maneira como o acusado foi preso.
 
“Já requeremos ao Ministério Público uma antecipação de prova. E a acusação não representa a verdade. Em momento algum ele foi conduzido à delegacia; ele se apresentou espontaneamente, sem ordem judicial, e  [neste caso] não existe flagrante. O estupro é uma acusação leviana da mulher. É uma situação grave. Ele me disse claramente que não abusou sexualmente da filha, e a acusação que consta no flagrante é que ele pegou nas partes íntimas na criança de sete anos de idade. O que existe verdadeiramente é que ele não pegou e essa senhora está usando o nome da delegada Martine Veloso. Ela disse na delegacia que é manicure da delegada”, declarou o advogado.
 
Segundo Péricles, a prisão do acusado é ilegal. “Ele não foi preso nem antes ou durante o delito, nem tampouco fora perseguido ou encontrado logo após o crime, isso inviabiliza a prisão em flagrante. 
 
Informações do repórter Aldo Matos do programa Acorda Cidade.
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