Violência

Feira de Santana registra aumento de mortes violentas em outubro; 37 pessoas foram assassinadas

Dentre estes 37 CVLIs, houve um feminicídio, um latrocínio (roubo seguido de morte) e 35 homicídios.

Homicídio
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

A polícia de Feira de Santana registrou 37 Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs) em outubro de 2024, superando as estatísticas do mesmo mês em 2023, quando 32 homicídios foram reportados. Somado aos outros meses, a cidade acumula mais de 300 mortes violentas ao longo deste ano, destacando um cenário de forte atuação da criminalidade. Entre os pontos com maior incidência estão o centro da cidade, com sete casos, e o bairro Baraúnas, com quatro homicídios registrados.

Dentre estes 37 CVLIs, houve um feminicídio, um latrocínio (roubo seguido de morte) e 35 homicídios.

O levantamento, realizado pelo repórter Aldo Matos, do programa Nas Ruas e Na Polícia, na Rádio Sociedade News FM, apontou também que em outubro 12 homens foram mortos em confrontos com a polícia. Em resposta ao avanço da criminalidade, as Polícias Civil e Militar têm intensificado operações conjuntas na tentativa de conter o índice de violência. Apesar desses esforços, os dados revelam que o mês foi marcado por um aumento nos casos de violência letal.

Dentro do sistema prisional, a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) realizou uma megaoperação no Conjunto Penal de Feira de Santana, em Angerona, visando a desarticulação da comunicação clandestina no interior do presídio. Foram apreendidos celulares utilizados para contatos ilegais e realizada a transferência de presos considerados lideranças no crime organizado, com o objetivo de impedir que ordens para execuções e atividades de tráfico sejam coordenadas de dentro das celas.

A operação surge como parte dos esforços para reduzir a criminalidade que tem impactado a cidade, particularmente em bairros e áreas centrais. A intensificação da vigilância e ações integradas entre as forças de segurança buscam reverter o descontrole ocorrido em outubro e evitar que novos picos de violência se repitam nos próximos meses.

A Polícia Civil tem atuado nas investigações dos crimes, porém não está concedendo entrevistas para a imprensa. A suspensão da divulgação de informações, e realização de operações especiais, é uma das estratégias de mobilização da categoria que está em busca de melhores salários. Vale ressaltar que apesar da mobilização, os policiais não suspenderam as atividades rotineiras, como investigações, aberturas e conclusões de inquéritos e prisões.

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