Feira de Santana

Família presta queixa após violação de túmulo e sumiço de restos mortais

Segundo Elizabete Silva Santos, o corpo de Gisélia da Silva foi sepultado no dia 22 de janeiro de 2012 e só deveria ter sido retirado em janeiro de 2015.

Laiane Cruz

A filha de uma senhora que morreu há cerca de dois anos prestou queixa na delegacia, após a cova onde a mãe foi sepultada, no Cemitério São Jorge, ter sido violada e os restos mortais da mulher desaparecerem. Segundo Elizabete Silva Santos, o corpo de Gisélia da Silva foi sepultado no dia 22 de janeiro de 2012 e só deveria ter sido retirado em janeiro de 2015.

Mas, segundo Elizabete, no último sábado (1), véspera do Dia de Finados, a irmã foi ao local limpar a cova e descobriu que havia outra pessoa no lugar, há cerca de três meses. “Isso é um desrespeito com os nossos entes queridos, principalmente com a família que está viva. Isso é crime, porque tem que ser com a presença da família, e com autorização”, disse. 

Ela explicou ainda que a família possui uma sepultura desde 1989, porém a mãe teve que ser enterrada em uma gaveta separada, devido à morte do avô há cerca de 3 meses, o que impossibilitou a abertura da sepultura.

Elizabete contou também que procurou a encarregada do cemitério São Jorge, Milena Cristina, juntamente com a irmã, para reclamar, e que a funcionária informou que ela não poderia fazer nada e pediu para elas procurarem a Associação Feirense de Assistência Social (Afas).

“Chegamos na Afas, conversamos com Nilma e ela disse que a total responsabilidade é de Milena que removeu o corpo sem permissão. Mandou ela pegar um coveiro experiente para procurar os ossos da minha mãe, e pegou meu telefone para se porventura achar. Isso se não fosse irônico, seria cômico”, declarou Elizabete com indignação.

Ela citou ainda uma reportagem de um jornal de circulação local de 22 de dezembro de 2012, no qual uma senhora relata que todos os dias ia ao cemitério levar flores para a filha e disse que era comum corpos ainda embalsamados e em estado de decomposição serem queimados no local.

A funcionária do Cemitério São Jorge, Milena Cristina, foi procurada pela reportagem do Acorda Cidade, mas não quis se pronunciar sobre as denúncias feitas contra ela. Segundo ela, a Afas é quem deveria responder pelo caso.

A gerente da Afas, que administra o cemitério, Nilma, afirmou que somente o advogado poderia falar. O advogado Anteval também não quis comentar as declarações e disse que irá analisar o que diz a lei para depois se pronunciar. 

As informações são do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

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