A dona de casa Marlene da Conceição Alves teve a residência incendiada pelo próprio filho, de 38 anos. O relato de angústia feito ao Acorda Cidade pela irmã do incendiário, Valdirene Alves da Rocha, retoma a importância de atuar sobre a necessidade de maior apoio para famílias que lidam com parentes que enfrentam transtornos mentais e vício em drogas.
O caso ocorreu no último sábado (30), na Rua Candeal, no bairro Galileia, após o irmão dela, que há meses vinha apresentando comportamento violento e surtos, ter ameaçado a mãe e a família com um incêndio.
“Já tem uns três meses que ele vem surtando. A última vez, a minha mãe deu queixa na delegacia, né, fez um boletim de ocorrência que ele surtou, sumiu. Mas agora dessa vez, ele ameaçou a minha mãe de morte, ameaçou as minhas irmãs, e ameaçou atear fogo na casa e no carro. Só que a minha mãe, quando foi lá na casa encontrar ele, ele já estava com um litro de gasolina em mãos, dizendo que ia tocar fogo na minha mãe, e minha mãe correu para dentro da casa de uma conhecida, aí ele foi dentro de casa e ateou o fogo na casa”, relatou Valdirene.
A mãe dela, ao perceber a ameaça, ainda tentou intervir, mas não conseguiu evitar o incêndio.
A família buscou ajuda com as autoridades policiais, mas não obteve êxito devido a situação em que se encontrava o rapaz.
“Quando a gente liga para a autoridade, a autoridade não vem, porque, como ele tem problemas mentais e surta, eles dizem que não tem o que fazer. É muito triste, porque aí é uma situação que a gente fica sem saber o que fazer, a quem recorrer, né? Porque não tem lugar para internar quando liga, não vem. Minha mãe viu ele com o litro de gasolina na mão e tentou tomar dele, só que aí ele ameaçou de queimar ela, ela correu. Aí quando ela correu ele foi em direção à casa e tocou fogo na casa. Eu peço às autoridades que dêem mais atenção a essas pessoas, a essas famílias que têm pessoas com problemas mentais em sua casa, porque é muito triste, muito triste a gente procurar ajuda e não ter a quem recorrer”, lamentou a dona de casa em entrevista ao Acorda Cidade.
Valdirene, sua mãe e outros irmãos agora se encontram desabrigados, enfrentando dificuldades ainda maiores. Além do pedido por internamento para aqueles que sofrem de problemas mentais e abuso de substâncias químicas, Valdirene faz um apelo às autoridades para que haja uma visão mais ampla do problema, especialmente para as famílias que estão passando por situações semelhantes. Eles precisam de apoio, tanto no aspecto de saúde mental quanto no combate ao vício em drogas.
QUER AJUDAR?
Durante a entrevista ao Acorda Cidade, ela pediu ajuda da comunidade para reconstruir sua casa, que foi totalmente destruída pelo incêndio. Qualquer contribuição, como blocos de cimento e outros materiais de construção, além de dinheiro, é bem-vinda. O contato pode ser feito através do número de WhatsApp (759-8301-5117).
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