Feira de Santana

Família de policial morto em ação da Rondesp diz que não houve confronto; ele foi buscar o filho na escola

Ele era primo do policial que morreu, após ser baleado durante o assalto no pedágio.

Andrea Trindade

O corpo do policial militar Elielson Nascimento de Souza, que foi morto a tiros ontem (4), durante uma ação da Rondesp Leste no bairro Mangabeira, em Feira de Santana, está sendo velado na Capela do Hospital Dom Pedro de Alcântara. No local há muita comoção e sentimento de revolta por parte de amigos e familiares.

Eles contestam as informações apresentadas de que houve troca de tiros. Em entrevista ao Acorda Cidade, o cunhado dele, Isac Lopes, disse que no momento da ação, o policial estava indo buscar o filho na escola e que estava desarmado.

Isac Lopes, cunhado do PM

 “Ele era um excelente policial. É uma grande dor para a família, já que recentemente perdemos um ente querido também, o policial que morreu após o assalto no pedágio. Elielson foi buscar o filho na escola. Ele sempre fazia isso, saiu por volta de 7h do serviço, foi buscar o filho de ônibus quando saltou aconteceu essa tragédia. Pela índole dele, pelo comportamento, acho que não teve a reação. Por mais que tenham colocado essa situação, não houve. Ele não estava armado, apesar de estarem dizendo que houve troca de tiros e que ele estava com um revólver. Elielson nunca teve revólver, ele tinha pistola. Estava trabalhando internamente porque há mais ou menos três meses atrás ele, vindo de Lauro de Freitas para Feira, depois dos serviço, reagiu a um assalto no ônibus da Santana e tomou dois tiros no ombro direito. O lugar ficou esbagaçado. Com isso ele não tem como trabalhar mais na rua, não tinha nem como empunhar uma arma ou coisa parecida. Estamos contestando a forma como ele foi assassinado. A família está sofrendo demais. Eu garanto que ele não reagiu. Ele não estava com problemas psicológicos; ele estava triste pela perda de Cristiano, que era primo dele, e eram muitos ligados”, afirmou.

A tia do policial, Ivanilde Lobo, também acredita que não houve o confronto e pediu justiça.

“Que esse crime não fique impune, que não seja mais um. A gente precisa da resposta certa. Que essa justiça venha com a resposta concreta. Ele não reagiu, quem falou isso não estava lá no momento. Não tem como comprovar. Não deveriam ter tirado a vida de um pai de família daquela forma tão brusca. Deixou filho, esposa e família”, declarou Ivanilda ao Acorda Cidade.

O sepultamento será hoje (5) às 11h no cemitério São João Batista.
 

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