Santo Estevão

Ex-vereador acusado de matar esposa grávida mantém versão de tiro acidental mesmo com indícios de autoria, diz polícia

Segundo Roberto Leal, caso seja necessário, a Polícia Civil pode representar pela prorrogação da prisão temporária do acusado, a fim de concluir o procedimento.

Laiane Cruz

O ex-vereador da cidade de Santo Estevão George Abreu, que está sendo investigado pelo assassinato da esposa grávida de 9 meses, Jéssica Regina Macedo do Carmo, 31 anos, no dia 5 de fevereiro, segue preso temporariamente no Conjunto Penal de Feira de Santana. Durante novos depoimentos à polícia, ele manteve a mesma versão de que o tiro que atingiu a vítima nas costas, provocando também a morte da criança, ocorreu de forma acidental.

Apesar de o acusado declarar reiteradamente que não foi o autor do crime, o coordenador de Polícia Civil, delegado Roberto Leal, que acompanha o caso, afirmou em entrevista ao Acorda Cidade, que a polícia possui fortes indícios que demonstram que o ex-vereador tirou a vida da esposa.

“Ele manteve a versão original afirmando que foi um acidente, um disparo acidental, e manteve a mesma versão apresentada quando esteve na delegacia no plantão central no dia 5 de fevereiro. A Polícia Civil tem um entendimento inicial de que não houve um acidente, por isso foi representado pela prisão temporária, porque há indícios que apontam a participação dele nesse fato. Agora temos 30 dias a partir do dia 10 de fevereiro, que foi o dia do cumprimento da prisão temporária, para conclusão desse procedimento. Há diversas diligências que ainda precisam ser concluídas, oitivas de pessoas. Essa semana foram realizadas algumas oitivas pela Delegacia de Santo Estevão, e a semana que vem já tem agendadas duas oitivas de testemunhas que serão ouvidas sobre o fato e outras diligências que forem necessárias”, explicou o delegado.

Segundo Roberto Leal, caso seja necessário, a Polícia Civil pode representar pela prorrogação da prisão temporária do acusado, a fim de concluir o procedimento.

“Precisamos entender ser havia algum fato ou motivação que pudesse ter levado ao crime, por isso a necessidade de ouvir outras pessoas. Ele manteve a mesma versão apresentada nas declarações. O que fizemos foi um contraponto a esses fatos, através do interrogatório. Sobre a retirada das câmeras da residência, ele informou que foi por necessidade, mas vamos ter que averiguar todas as informações prestadas”, informou.

O delegado destacou que novas perícias foram realizadas e a polícia aguarda a conclusão dos laudos periciais que foram solicitados.

“A previsão é em um prazo de oito dias já estejam prontos. Após encaminhar o caso para o MP, se for o entendimento do órgão de oferecer a denúncia no prazo de cinco dias, caso seja necessário, o Ministério Público pode também requisitar outras diligências para conclusão do procedimento, e se for o entendimento do juiz mais adiante que ele realmente foi o autor do crime, ele será pronunciado e será levado a júri popular no prazo estabelecido”, concluiu o delegado.

 

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

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