Feira de Santana

Entenda como funciona o serviço de remoção de cadáveres feito pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT)

A reportagem do Acorda Cidade conversou com a secretária municipal de Saúde e com o coordenador regional do DPT.

dpt levantamento cadavérico
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Uma situação fora do cotidiano chamou a atenção da população feirense nas primeiras horas da manhã de ontem (18), quando o município de Feira de Santana completou 190 anos de emancipação política.

O corpo de um homem em situação de rua, identificado pelos familiares como José Vicente de Jesus, 73 anos, ficou exposto no passeio do centro comercial durante toda a manhã, sendo retirado apenas no período da tarde.

A reportagem do Acorda Cidade conversou com a secretária municipal de Saúde, Cristiane Campos, que explicou em quais situações o Serviço de Declaração de Óbito (SDO) é acionado. Segundo ela (confira aqui), apenas quando a pessoa morre dentro de residência, mas quando ocorre em vias públicas, é de responsabilidade do Departamento de Polícia Técnica (DPT) fazer a verificação e declaração.

Diante desta afirmação, o Acorda Cidade conversou com o coordenador regional do DPT, Rogério Serafim, que confirmou a informação dada pela secretária, mas também explicou o motivo da demora na remoção do corpo.

Coordenador do DPT
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

“Inicialmente eu devo dizer que o DPT só pode atuar quando ele é provocado. Para que haja esta atuação, ou seja, nós não podemos trabalhar por iniciativa própria, então a autoridade requisitante que solicita o nosso trabalho, e quem mais solicita geralmente é a delegacia de polícia. No caso do seu Vicente que foi encontrado morto em via pública, esta morte pode ser considerada como morte a ser investigada, uma morte suspeita porque nós trabalhamos com mortes violentas ou mortes suspeitas, são mortes que são de interesse da polícia. Nosso trabalho foi solicitado pela delegacia de polícia às 14h15 e às 14h30 após a solicitação da delegacia, a nossa equipe já estava no local atendendo autoridade requisitante”, informou.

Ao Acorda Cidade, o coordenador também informou que não apenas a delegacia pode solicitar, mas também a Polícia Militar e o Ministério Público.

“Na maioria dos casos, a autoridade policial é a delegacia que solicita os nossos serviços, mas um crime envolvendo investigação por parte da Polícia Militar, o oficial também pode solicitar, assim como o juiz, o Ministério Público. No caso do senhor Vicente, ninguém presenciou aquele óbito, então foi enquadrado como morte suspeita, e cabe a delegacia de polícia iniciar a investigação”, concluiu.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

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