A vítima havia dado entrada no HGCA, por volta do meio-dia de sábado, após ter sido baleada por homens identificados como Vandinho e Peroba, no bairro Sobradinho, próximo ao Colégio Assis Chateubriand. À noite, por volta das 22h, dois homens invadiram a unidade hospitalar, armados com pistolas ponto 40, e deflagraram vários tiros contra o paciente, que morava na Avenida 7 de Setembro, no bairro Jardim Acácia.
De acordo com a dona de casa Paulina Lima da Silva, minutos antes de acontecer o crime, ela se dirigiu à porta da enfermaria do centro cirúrgico para atender ao telefone, a fim de não incomodar o filho, que estava dormindo, e os demais pacientes no local. Momento depois, os homens chegaram.
“Eles chegaram normalmente na clínica cirúrgica. Eu estava ao lado do meu filho, aí o telefone tocou. Ele estava tirando um cochilo. Aí vinham os dois, normal, e quando eles chegaram eu senti uma coisa diferente. Eles passaram, entraram, foram direto para o leito que ele estava e atiraram à queima roupa, jogando meu filho no chão”, afirmou a dona de casa, acrescentando que tentou impedir a ação dos matadores e por pouco também não foi baleada.
Ela contestou ainda a informação de que uma enfermeira teria sido rendida pelos bandidos e afirmou que após a ação dos criminosos, que durou cerca de 10 minutos, a polícia demorou a chegar ao local. “A polícia demorou a vir. Como é que pode um hospital que para a gente entrar é a maior burocracia, chegam dois marginais e entram tranquilamente. Não teve impedimento nenhum”, declarou.
Perguntada sobre os motivos que levaram à morte do filho, Paulina Lima da Silva disse que Fabrício já teve passagens pela polícia, mas afirmou desconhecer os motivos e os homens que praticaram a ação, bem como aqueles que haviam baleado a vítima no bairro Sobradinho, pela manhã.
Outra versão
As declarações feitas pela mãe da vítima contrariam as que foram dadas pela polícia e por pessoas que estavam próximas ao local do crime. Segundo informações de testemunhas, os criminosos dominaram uma enfermeira que estava de plantão, ameaçando-a de morte caso reagisse. Em seguida, entraram na clínica, onde praticaram o crime.
De acordo com o capitão José Luiz, sub-comandante da 67ª CIPM (Companhia Independente da Policia Militar), a suspeita é que os criminosos entraram no HGCA, após pular o muro do conjunto Residencial Luiz Eduardo Magalhães. "Eles não tinham como ter acesso pela frente do hospital. Aqui além dos policiais de plantão, tem os seguranças que controlam a entrada e saída de pessoas", afirmou.
Fuga
Após cometerem o crime, segundo informações, os homens fugiram por uma porta nos fundos, que dá acesso à área da 2ª Dires, em duas motocicletas que estavam estacionadas em frente ao local. "Foi uma fuga espetacular, daquelas de filmes de ação", afirmou uma testemunha.
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