Muito abalada, Maria Jackes, mãe da delegada assassinada na madrugada do último domingo (11), contou que ainda “hoje deve receber o caixão da filha”, e deu detalhes sobre o homem suspeito de matá-la. Patricia Neves Jackes Aires, de 39 anos, foi encontrada morta dentro do porta-malas do próprio carro em São Sebastião do Passé. A principal suspeita da polícia é que houve um feminicídio.
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A família, que é de Recife (PE) aguarda o translado do corpo para velar e dar o último adeus a Patrícia. Em entrevista ao radialista Aldo Matos, do Programa Nas Ruas e Na Polícia, na Rádio Sociedade News 102.01, na manhã desta segunda-feira (12), a mãe fez graves acusações contra o suspeito.
Maria Jackes contou que a filha tinha quatro meses com o homem suspeito de cometer o assassinato e revelou que também foi ameaçada de morte por ele.
“Eu cheguei a conhecer ele, inclusive, ele chegou a me ameaçar de morte. Ele empurrou o meu marido uns 15 dias antes, porque minha filha nunca ficou sozinha. Sempre ia minha irmã, que mora em João Pessoa, eu e meu marido”.
Há aproximadamente um mês e meio que a mãe não via a filha. Ela contou que já presenciou situações de abusos sofridas por Patrícia.
“Já havia acontecido um episódio com eles dois. Ele empurrou ela. Ela cortou o supercílio, inclusive, teve um processo de Maria da Penha, o que eu acho um absurdo, apesar dela ter continuado com ele depois, a justiça não tomou providência, ele não foi preso, ficou andando na casa dela, no carro dela, para lá e para cá e nada foi feito”.
Ainda segundo Maria Jackes, o neto dela, filho de Patrícia, está vindo com o pai da Bahia para Recife para enterrar a mãe.
“Ela era muito querida por todos os delegados, nunca teve atrito com ninguém, nem policial, inclusive, o ex-noivo dela é da Polícia Federal. Ele está acabado, está arrasado, então, eu espero que isso não fique impune”, declarou a mãe.
O principal suspeito de matar a delegada, seu companheiro, foi autuado em flagrante pelo crime de feminicídio e deve passar por audiência de custódia.
Com informações do repórter Aldo Matos
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