Investigadores da Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes e o Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (DTE-Draco) de Feira de Santana, sob o comando do delegado Deivid Lopes, incineraram ontem (19) em uma cerâmica na região metropolitana de Salvador, cerca de três toneladas de cocaína, maconha e outros entorpecentes.
Apenas de Feira de Santana, foram duas toneladas e 500 kg de drogas e mais 500 kg do material apreendido em Salvador.
Em entrevista ao Acorda Cidade, o delegado informou que a incineração tem como objetivo esvaziar os depósitos da Polícia Civil, para que ao iniciar mais um ano, o local esteja livre para novas apreensões.
“Já vem sendo de praxe aqui na unidade. Chega ao final do ano e a gente busca esvaziar os nossos depósitos e iniciar o ano seguinte o mais próximo possível do zero de entorpecentes na unidade. Então a gente realizou esta incineração na tarde de ontem, e nas últimas semanas a gente teve apreensões expressivas da Polícia Militar, da Polícia Rodoviária Federal, e da própria Polícia Civil, então as apreensões que acabam enchendo nosso depósito, trazendo um certo transtorno em razão da manutenção dessa elevada quantidade de drogas. A gente fez essa incineração após a autorização judicial, obviamente, e seguimos todo o processo legal para tudo ocorrer da melhor forma possível”, explicou.
Com uma quantidade maior de drogas apreendidas em comparação com a capital do estado, o delegado enfatizou a questão do município de Feira de Santana ser uma cidade com maior entroncamento rodoviário.
Segundo ele, muitas drogas tinham como destino final outras cidades, mas acabam sendo interceptadas em Feira.
“Isso demonstra quanto as apreensões em Feira de Santana acabam sendo mais corriqueiras, e quando ocorrem também, geram apreensões com maiores quantidades de entorpecentes. Pelo fato de Feira de Santana ser uma região de entroncamento, uma cidade onde diversos veículos passam levando a droga, muitas vezes a droga não tinha nem como destino Feira de Santana, mas o material acaba sendo interceptado aqui e o procedimento é todo gerado aqui por Feira de Santana”, declarou. o delegado ao Acorda Cidade.
Por conta da grande quantidade de material a ser incinerado, foi necessário a locação de um caminhão para transportar a droga.
“Os processos de incineração possuem toda uma logística da equipe para realizar este procedimento. Desde domingo a equipe já está trabalhando nesta organização para conseguir realizar a incineração, e mais uma vez em razão da elevada quantidade de entorpecentes, a gente precisou verificar a disponibilidade de um caminhão para fazer a condução desse material. Um grande número de investigadores também em razão do perigo que é fazer este transporte por conta do valor do entorpecente, então existe toda uma logística por trás da incineração, não é simplesmente chegar, jogar a droga no carro e sair por aí para queimar”, disse.
Com informações do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade
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