Dois homens são presos em operação da PF em Feira de Santana para combater fraudes bancárias

Dois homens foram presos na manhã desta terça-feira (8) durante a Operação Prisma, realizada pela Polícia Federal, em Feira de Santana. A Operação contou com o apoio do Gaeco/BA, e tem o objetivo de cumprir mandados judiciais decorrentes de investigação relativa a fraudes bancárias.

De acordo com o delegado da Polícia Federal, Fábio Marques, um dos homens presos hoje é natural do Rio de Janeiro, mas já reside na Bahia há muito tempo. O delegado informou ao Acorda Cidade que ele tem diversos antecedentes criminais e desde o ano 2000 já atua nesse tipo de ramo. “Ele confessou informalmente que fazia esse serviço por internet, cobrava 300 reais por identidade falsa, então tem clientes em todo o Brasil”.

Além das prisões, a Polícia Federal realizou a apreensão de diversos materiais como papel para falsificação de identidade, carteira de motorista, documentos de veículos, diploma e até ingressos de festas. Também foram apreendidos bens dos fraudadores que, de acordo com o delegado, serão leiloados ao final do processo para ressarcir os cofres públicos.

Segundo o delegado, até o momento foi identificado um prejuízo de 170 mil reais de empréstimos obtidos fraudulentamente somente na Caixa Econômica Federal. Ele afirma que esse prejuízo pode ser bem maior, já que várias outras instituições bancárias e pessoas físicas também foram vítimas. Fábio Marques explicou como ocorriam as fraudes bancárias.

“Essas pessoas falsificavam documentos para abertura de contas bancárias e com essas contas obtinham empréstimos bancários. Até agora foram identificados 170 mil reais, mas a gente sabe que é mais extenso, pois já foram identificadas outras instituições financeiras que foram objetos dessas fraudes. Hoje prendemos dois elementos dessa associação criminosa e verificou que a extensão da fraude é até difícil de mensurar porque eles já atuam a muito tempo. Mas com a análise do material apreendido a gente vai poder mensurar o valor que esse grupo deu prejuízo para a sociedade”, afirmou.

Como a PF chegou até os criminosos

Para localizar os integrantes da organização criminosa, o delegado Fábio Marques explicou que a Polícia Federal contou com o apoio da Centralizadora de Combate a Fraudes da Caixa Econômica Federal.

“Ela nos comunicou a existência de contas fraudadas na cidade e esse grupo passou por sete cidades baianas abrindo contas falsas. A dificuldade é sempre identificar a pessoa que consta com os documentos fraudados, porque geralmente a Caixa só armazena uma foto sem nitidez. Agora com o avanço da tecnologia, nosso sistema de reconhecimento facial, nossos peritos fazem um excelente trabalho e conseguem identificar quem são as pessoas envolvidas no evento criminoso”.

Leia também: Polícia Federal e Gaeco deflagram operação em combate a fraudes bancárias em Feira de Santana

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

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