Os moradores do distrito da Matinha, região norte de Feira de Santana, estão vivendo momentos de pânico, diante do alto número de ocorrências que vem ocorrendo na zona rural.
Em menos de sete dias, duas notícias chamaram a atenção da comunidade feirense, como a ossada humana que foi encontrada dentro de uma cisterna, e que provavelmente seja do motorista de aplicativo Luan dos Santos Costa, além da jovem Nirvana Gomes de Oliveira, de 20 anos, que foi encontrada morta na noite da última segunda-feira (23).
No dia 8 de setembro, Igor do Carmo Almeida, 24 anos, também foi assassinado a tiros no povoado Moita da Onça, distrito da Matinha.
Ontem (25) por volta das 23h, Ezequiel Fonseca da Silva, de 17 anos, foi assassinado no Povoado de Candeal II, e também na manhã de ontem, um homem ainda sem identificação, morreu em confronto com policiais militares.
A reportagem do Acorda Cidade conversou com o major PM Denis Anderson, comandante da 67ª Companhia Independente de Polícia Militar (67ª CIPM), unidade responsável pelo policiamento de todos os distritos da cidade de Feira de Santana, além dos municípios de Tanquinho e São Gonçalo dos Campos.
Segundo ele, o que a Polícia Militar tem observado, é que muitos crimes podem não acontecer nos distritos, mas os corpos são levados para a zona rural, como forma de ocultar a prova do crime.
“Neste mês, o distrito da Matinha teve um alto índice de ocorrências, mas se a gente for analisar as ocorrências uma por uma, vamos constatar que por exemplo, aquele caso emblemático da ossada que foi encontrada, foi um homicídio que ocorreu no ano passado, fora da Matinha, mas o corpo foi localizado lá, uma tentativa de se ocultar o crime. Provavelmente deve ter ocorrido em zona urbana, até porque foi indicado pela companheira do motorista, que ele seria a vítima, então a gente presume que ocorreu na zona urbana e na tentativa de se livrar da prova do crime, o corpo foi ocultado lá, da mesma forma como aconteceu no início desta semana, em que uma mulher foi encontrada na Estrada da Matinha, tem características de não ter acontecido lá, provavelmente o crime aconteceu em outra área, mas o corpo foi deixado lá”, explicou.
De acordo com o comandante, são práticas criminosas não exclusivas do distrito da Matinha. Ao Acorda Cidade, o major informou que estas ações acontecem pelo fato de locais da zona rural terem pouca circulação de pessoas.
“Isso é uma coisa que tem ocorrido com certa frequência, não apenas na Matinha, mas observamos que acontecem situações similares em outros distritos, justamente pelo fato de ser zona rural. Pelo fato de ter pouca circulação de pessoas em comparação com o perímetro urbano, observamos que são características de se ocultar estas situações. Nós nos surpreendemos entre ontem e hoje, pois houve uma ação de uma unidade especializada lá na Matinha, em que foi localizado um criminoso oriundo de outra região do recôncavo baiano. Houve o confronto, troca de tiros, e este criminoso veio a óbito. Ele era de uma liderança criminosa aqui próxima de Feira de Santana, e tivemos um homicídio, que até o momento só temos a identicidade deste rapaz, mas consta como morador de Tiquaruçu. Novas informações ainda irão chegar no decorrer do dia e a Polícia Civil irá fazer seu competente trabalho de levantar todos os dados”, afirmou.
Ainda segundo o major, a população pode realizar denúncias de forma anônima através do 181, pelo 190, como forma de ajudar no trabalho das Polícia Militar e Civil.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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