Acorda Cidade
A Delegacia de Homicídios (DH) está investigando o duplo homicídio que ocorreu na noite de ontem (29) no bairro Aviário, em Feira de Santana. Foram assassinados por disparos de arma de fogo Jonathan Carlos Santos Souza, 26 anos, e Edmilson Pereira Junior, 22 anos.
Segundo o delegado Gustavo Coutinho, que presidiu o levantamento cadavérico, a população está muito comovida e revoltada com o que aconteceu, já que os dois jovens eram trabalhadores.
“Eles estavam voltando do trabalho, passaram na padaria e pararam pra conversar com alguns amigos, quando apareceram dois homens em uma moto e efetuaram vários disparos de pistola calibre 380. Uma das vítimas recebeu cerca de três disparos no tórax, perna e mão. A outra vítima recebeu três disparos nas pernas e um na cabeça, então acreditamos que foi uma execução”, informou.
O delegado acredita que o crime pode ter envolvimento com o tráfico de drogas, mas destaca que as vítimas não tem passagem pela polícia por prática de crimes. Segundo ele, existe guerra de facções entre o Aviário e outras localidades de Feira de Santana, mas até o momento a polícia não tem informações concretas sobre a motivação do crime.
“As vítimas não tinham envolvimento com tráfico de drogas, eram trabalhadores. Acredito que os bandidos podem ter recebido a ordem para executar pessoas no bairro Aviário. Até o momento não temos uma motivação. Acredita-se que seja algo ligado ao tráfico de drogas, mas os trabalhos de investigação mais apurados já foram iniciados e a DH deve chegar o mais rápido possível a essa motivação e também a autoria”, destacou.
De acordo com a polícia, após o duplo homicídio, os homens que efetuaram os disparos fugiram em direção a uma localidade conhecida como Cidade de Deus, próximo ao Aviário. Outros disparos foram feitos atingindo cerca de três vítimas que foram socorridas para o hospital e serão ouvidas posteriormente.
“Ainda não sabemos se foram os mesmos autores que tentaram contra a vida de outras pessoas, ou se foram ataques simultâneos com outros autores. Estamos investigando para esclarecer. Ainda é muito precoce para afirmar qualquer coisa”, destaca.
As informações são do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade