Laiane Cruz
A defesa do técnico em refrigeração e motorista de aplicativo Jefferson Bento Santana, que está preso há sete meses sob a acusação de ter participado de diversos assaltos em Feira de Santana, informou na manhã desta quinta-feira (28), que uma nova testemunha se apresentou à Promotoria de Justiça, dando o depoimento de que o réu é inocente.
Familiares e amigos tentam provar na Justiça que Jefferson Bento Santana é inocente e teria sido feito refém por dois homens que solicitaram uma corrida no dia 23 de setembro de 2021 e, após anunciarem um assalto, teriam obrigado o motorista a conduzir o carro enquanto eles praticavam os crimes em bairros da região norte da cidade.
Jefferson foi preso pela Polícia Militar e levado junto com os dois homens para a delegacia, onde foi autuado em flagrante e encaminhado após isso para o Conjunto Penal de Feira de Santana.
De acordo com Vivian Santos, presidente do Sindicato dos Condutores Autônomos de Aplicativo (Sincapp), que acompanha o caso, após o depoimento desta testemunha o Ministério Público Estadual pediu à Justiça o relaxamento da prisão de Jefferson.
Ela informou que uma audiência está marcada para acontecer nesta sexta-feira (29), no entanto, a defesa do motorista busca a soltura dele ainda hoje.
“Essa situação não está inocentando ele, o processo continua, porém ajuda muito no processo, mas ele vai ser solto, esse restante de processo pode estar ajudando nessa luta. Venho aqui agradecer a toda Feira de Santana, ninguém imagina a felicidade que eu estou com essa situação. Porque é muito bom você ver que sua luta surte efeito, e a luta da nossa categoria está tendo resposta. Isso prova que a gente tem que continuar lutando, juntos nós somos fortes. Agradeço a toda a categoria, todos os motoristas que se fizeram presentes, a imprensa que estava junto ali o tempo todo nessa situação de Jeferson. E a gente vai ser vitorioso, isso é apenas a primeira vitória diante de toda essa luta”, declarou a representante sindical.
Vivian Santos acredita que a testemunha se sentiu encorajada a buscar o Ministério Público, após a repercussão do caso.
“Eu acredito que a repercussão fez com que ela buscasse a Promotoria de Justiça, que a gente sabe que essas situações são sigilosas, não pode estar expondo testemunha. Mas tudo indica, porque tem 7 meses esse caso e não houve esse posicionamento e após essa repercussão toda que a gente deu, fez com que surtisse esse efeito. Eu acredito que foi a visibilidade que gerou a comoção para que houvesse esse posicionamento dessa vítima.”
Com informações do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade.
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