Delegados e comandante do CPRL discutem calendário de operações de combate ao crime organizado

^{Andrea Trindade}

O coordenador da 1ª Coordenadoria de Polícia do Interior (1ª Coorpin), delegado Roberto Leal, se reuniu com outros delegados e o coronel PM Adalberto Piton, comandante do Comando de Policiamento da Região Leste (CPRL), no Complexo de Delegacias, na tarde na quarta-feira (4).

No encontro foram discutidas novas ações que serão desenvolvidas em conjunto para combater a criminalidade. A reunião foi motivada pelo aumento no número de homicídios registrados em fevereiro deste ano, quando 30 pessoas foram assassinadas. Em janeiro foram registrados 23 homicídios.

Ao Acorda Cidade, o delegado Roberto Leal informou que foi estabelecido um calendário de operações policiais que serão deflagradas nos próximos dias e que, obviamente, por questões estratégicas não são divulgadas.

“Estamos programando algumas ações, não posso informar o que será feito justamente por causa da necessidade de manter sigilo, mas há uma programação para tudo isso. Nós vamos acompanhar principalmente qualquer tipo de elevação dos índices que ocorram durante a semana. Temos uma operação pronta para ser deflagrada sempre que houver um aumento em determinado bairro, e deflagrar operações sempre que houver mandado de busca e apreensão e em determinados locais e trabalhar isso com a maior celeridade possível, combatendo principalmente o tráfico de drogas”, informou o coordenador regional destacando que a Polícia Civil e a Polícia Militar já trabalham em parceria, mas que essa relação ficará ainda mais próxima.

Roberto Leal disse também que, de forma de estratégia, as delegacias trabalharão de maneira ainda mais aprimorada com a troca de informações e que o crescente número de mulheres mortas por envolvimento com o tráfico de drogas tem chamando a atenção.

“A partir das investigações de tráfico de drogas, homicídios e tentativas de homicídios serão deflagradas estas operações, para os cumprimentos dos mandados que por ventura serão produzidos em virtude destas investigações. A Delegacia de Homicídios já vem fazendo esse trabalho de uma forma mais contínua, mas vamos aprimorar para que as outras unidades trabalhem em apoio à Delegacia de Homicídios, não apenas com efetivo, mas também com informações para que a gente consiga a elucidação desses crimes que vem ocorrendo. Estamos vislumbrando um fenômeno em Feira de Santana que é um quantitativo constante de mulheres mortas, e já percebemos que, na maioria das vezes, estas mulheres também estão envolvidas com o tráfico. O companheiro, ou está preso ou foi morto, e elas acabam assumindo essa função que era desempenhada pelo companheiro e acabam se envolvendo na criminalidade”, declarou.