Gabriel Gonçalves
O coordenador regional de Polícia, delegado Roberto Leal, explicou que o depoimento do médico Alan da Silva Floriano na última quarta-feira (9), poderá fortalecer as linhas de investigações, do que tenha motivado o crime contra o médico Andrade Santana Lopes.
Em entrevista ao Acorda Cidade, o delegado confirmou a desavença entre o médico Alan da Silva e o médico Geraldo Freitas por conta de uma transação comercial e destacou que não havia nenhum tipo de animosidade entre a vítima e o suspeito.
"A testemunha veio esclarecer alguns fatos que foram inclusive narrados pelo investigado, bem como também foram coletados durante a investigação. Ele confirmou que realmente teve alguns problemas com o médico que se encontra preso, esse fato ocorreu há cerca de dois anos e o que ocasionou essa situação entre eles. Essa testemunha foi de extrema importância porque ele esclareceu de não ter conhecimento de qualquer tipo de animosidade existente entre a vítima e o suspeito e por isso, iremos aprofundar mais as investigações e a situação da motivação e a premeditação, que a cada dia, fica mais forte por todos esses fatos", disse.
De acordo com o delegado Roberto Leal, mesmo com a versão apresentada pelo suspeito que encontra-se preso, essa não é a linha de investigação seguida pela Polícia Civil.
"A testemunha informou que não tinha nenhum tipo de plano para tentar contra a vida do médico investigado, mas é preciso esclarecer que a versão apresentada pelo médico, não é a linha de investigação adotada pela Polícia Civil. Mesmo que ele tenha dado essa versão, ainda não é algo plausível e acreditamos que a real motivação, ainda esteja coberta, provavelmente pelas consequências da relação desse fato que pode ocasionar. Mas estamos investigando, não continuamos com esse trabalho e volto a repetir, a testemunha voltou a dizer e confirmou que em nenhum momento trocou qualquer tipo de mensagem ou mesmo, orquestrou, planejou com o médico Andrade, alguma intenção de ceifar a vida do médico suspeito", relatou.
Durante o depoimento do médico Alan da Silva, a testemunha informou que o médico Geraldo Freitas, não conseguiu revalidar o diploma no Brasil. Segundo o delegado, essa informação está comprovada nos autos da investigação.
"O médico suspeito não possui Cremeb, o que ele tem apenas, é a permissão do Ministério da Saúde para trabalhar nesses programas Mais Médicos, que geralmente são realizados em Postos de Saúde, Unidades Básicas da Família, isso ele pode fazer, mas por exemplo, trabalhar em uma unidade privada ou trabalhar em outras funções que não seja vinculada ao programa, ele não tem essa permissão. O médico suspeito é formado na Bolívia, assim como a testemunha e a vítima, os três retornaram para o Brasil, mas o suspeito não conseguiu o processo de revalidação do diploma", destacou o delegado.
Ainda segundo o coordenador, Roberto Leal, novas testemunhas serão ouvidas para o prosseguimento da investigação.
"Estamos inclusive intimando para amanhã e próxima semana também, porque a gente sabe e devemos entender a situação dos médicos. Tivemos que estender a questão do horário por conta da carga horária de alguns deles, ao exemplo de médicos que trabalham nos plantões do final de semana e ficaram impossibilitados de comparecer. Então vamos continuar aqui com as oitivas e nesse momento, aguardando o resultado das perícias que foram solicitadas", concluiu.
Com informações do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade
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