Rachel Pinto
O uso da internet e das redes sociais, além de facilitar a comunicação entre as pessoas e a possibilidade de realizar várias tarefas virtuais como pagamentos de contas e compras, também desperta interesse para pessoas que fazem mau uso dessa ferramenta e a utilizam para praticar golpes e crimes virtuais.
A pandemia do coronavírus e a orientação para que as pessoas fiquem em casa para evitar o contágio pela doença está tornando a internet cada vez mais popular, assim como potencializando o uso dos aplicativos de compras on-line. Em Feira de Santana, não houve aumento de registros de ocorrências de golpes digitais em virtude da pandemia e o delegado titular da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR), André Ribeiro, disse em entrevista ao Acorda Cidade que os casos mais comuns são de furtos qualificados, através de subtração de quantias em contas correntes e fraudes que utilizam dados pessoais de terceiros.
Ele alertou para que as pessoas façam compras pela internet em sites seguros e evitem fornecer seus dados pessoais através de mensagens de redes sociais e ligações.
André Ribeiro informou que não existe em Feira de Santana uma delegacia especializada para esses tipos de crime e a polícia civil conta com o apoio de uma coordenação em Salvador, de servidores especializados nessas investigações.
“Existem alguns tipos de crimes cibernéticos, crimes cometidos com a internet pelo meio digital que são golpes. São caracterizados como estelionato e são registrados nas delegacias territoriais. Em relação a furtos e roubos, o que acontece especificamente é o furto qualificado que são os furtos, as subtrações de quantias de contas correntes, efetuadas, provavelmente por hackers. Eles que retiram dinheiro de contas correntes e transferem para outras contas. Esses tipos de crime normalmente são registrados na (DRFR). Mas, não houve qualquer relação com a pandemia, no sentido de terem aumentado, em função do vírus. Os mais comuns são crimes subtração, retiradas em contas correntes de valores, além de transferências para outras contas correntes. Ocorrem também fraudes, golpes, estelionatos, quando são utilizados dados pessoais das pessoas, principalmente CPF para que se possa abrir conta corrente, fazer cartão de crédito, ou efetuar compras no CPF da pessoa, indevidamente ou no CNPJ de empresas”, explicou.
O delegado observou que o trabalho de investigação desses crimes que conta com o apoio de uma coordenação em Salvador, envolve também equipamentos específicos, como computadores e o serviço de internet mais eficaz. Ele deu ainda algumas orientações para que as pessoas não sejam vítimas desses golpes
“O que a gente orienta as pessoas é que evitem comprar em sites desconhecidos, que evitem de fornecer seus dados pessoais por telefone, através de mensagem, SMS, ou através do whatsapp, outras redes sociais. Evitem passar dados de CPF, endereço, RG , pois isso facilita que essas pessoas tomem posse desses dados e possam efetuar fraudes. Essas as algumas condutas que podem dificultar a ação dessas pessoas”, finalizou.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.