Polícia

Defesa consegue no STJ liberdade para motorista de aplicativo

O motorista afirma que é inocente e teria sido feito refém por dois homens que o obrigaram a dirigir enquanto praticavam assaltos.

Foto: Arquivo Pessoal
Foto: Arquivo Pessoal

Há nove meses preso no Conjunto Penal de Feira de Santana, o motorista de aplicativo Jefferson Bento Santana, deverá estar em liberdade no máximo até amanhã (21). É o que informa o advogado constituído para sua defesa, Marcos Silva.

Ele informou que entrou com um pedido de liminar para a liberdade do cliente no Superior Tribunal de Justiça (STJ), conseguiu que ele fosse aprovado e aguarda a 3ª Vara Criminal de Feira de Santana expedir o pedido de soltura.

Jefferson está preso acusado de praticar assaltos com outros dois homens e de acordo com o advogado, ele é inocente. Marcos ressalta que a perícia feita pela Polícia Civil no celular do motorista de aplicativo aponta que ele não tem nenhum tipo de vínculo com os assaltantes e nem participação nos crimes. Segundo os familiares, ele foi obrigado pelos criminosos a conduzir o veículo enquanto eles praticavam os assaltos.

Foto: Aldo Matos/Acorda Cidade

“Desde o dia 8 de junho, quando chegaram os dados da perícia do celular que evidenciaram de forma clara que ele não tinha qualquer participação, fizemos um pedido de revogação da prisão para a juíza daqui da 3ª Vara Criminal, só que a juíza não entendeu dessa forma, mesmo com o parecer favorável. De pronto, nós manejamos um habeas corpus para o Tribunal de Justiça da Bahia e mais uma vez o tribunal negou, não chegou nem a conhecer sobre o habeas corpus e de pronto a defesa, no dia 11 impetrou um habeas corpus para o STJ em Brasília. Na data de hoje saiu a decisão liminarmente colocando Jefferson em liberdade e esta decisão deve ser cumprida no máximo até amanhã”, declarou.

O advogado frisou que a família de Jefferson está radiante com a sua liberdade e que esta momento é muito aguardado por todos. Para ele, valeu a pena cada diligência e casa luta para provar a inocência de Jefferson.

Viviã Santos presidente do Sindicato dos Condutores Autônomos Cadastrados em Aplicativos (Sincaap -BA), disse ao Acorda Cidade que a notícia sobre a liberdade de Jefferson Santana foi a melhor coisa que aconteceu hoje e nos últimos tempos e que é uma alegria para a família, a defesa e o sindicato que vem um uma luta constante para que ele volte para casa.

Foto: Aldo Matos/Acorda Cidade

“Porque todas as provas da sentença estão a favor dele, mas saber que ele vai voltar para casa, abraçar a família , decidir o que faz é uma vitória. Nós vamos fazer um movimento de agradecimento e comemoração com a categoria. O que ele estava passando qualquer um de nós pode passar e só quem estava perto sabe a dor que ele e todos estavam vivendo, declarou.

Com informações do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade

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Marcone Santiago

Esse caso é um pouco emblemático em decorrência da situação desse rapaz ter ficado tanto tempo preso considerando que os marginais de profissão verídica geralmente saem no dia seguinte aos fatos concretos terem acontecidos, e ele ficou tanto tempo, será que ele tinha um passado pregresso ? E essa cidadã representante do tal sindicato, tenho quase certeza que o senhor que estar preso nunca pagou um só centavo de taxa sindical pra o mesmo, haja vista que tem uns 10 sindicatos na cidade disputando os trocados dos pobres motoristas que na sua grande maioria não se associam em nenhum, mas o que vale é a publicidade que estar sendo dada a mesma.

Ricardo Coutinho

Aí me vem com as ideias de num país desse ter pena de morte…. vai….

Claudio

Hoje para os juízes de primeira instancia manterem uma prisão preventiva tem que haver indícios muito fortes da pratica do crime. Pra mim pena de morte é possível sim. Esse não é o caso, mas há criminosos que pela quantidade de crimes hediondos cometidos e ainda pelo fato de estarem presos em um presídio dando ordens para o cometimento de tais crimes, demonstram não ter mais recuperação. Estamos pagando vários e caros impostos para manter esses criminosos dentro dos presídios.