O ano ainda era 1989 quando Gilmar Solia dos Santos, hoje tenente, entrou na Polícia Militar do estado da Bahia.
Atualmente com 57 anos de idade, casado e pai de duas filhas, o policial carrega uma longa história de serviços dentro da corporação.
A reportagem do Acorda Cidade conversou com o servidor público que relembrou fatos marcantes e deixou um recado para aqueles que desejam também ingressar na área da segurança pública.
Segundo ele, a farda utilizada por muitos homens também foi um dos motivos de inspiração.
“Eu tinha uma vocação, eu via alguns policiais na época passarem fardados lá no meu bairro e eu falava para mim mesmo, um dia eu vou ser policial militar, e graças a Deus, já estou caminhando aí para os meus 34 anos na PM, porque foi no ano de 1989 que entrei na corporação. Eu entrei como soldado, depois de alguns anos fiz o curso para cabo, passei para sargento, subtenente e depois tenente. Hoje é um motivo de orgulho muito grande passar tanto tempo contribuindo para a paz social, de vestir essa farda da Polícia Militar”, declarou.
Atualmente lotado na 64ª Companhia Independente da Polícia Militar (64ª CIPM), o tenente Solia informou que também já trabalhou na capital baiana, Salvador.
“Hoje eu estou aqui na 64ª CIPM, já vou completar 9 anos, eu já era daqui, na época era cabo, fui para sargento, tenente e depois passei um bom tempo na academia da Polícia Militar. Depois desse período, eu fui designado para a 48ª CIPM lá em Sussuarana, na capital baiana e depois fui repatriado no ano passado. Posso dizer que cada dia se torna um desafio em trabalhar como policial militar. A partir do momento em que se coloca esta farda e vem trabalhar, já é um desafio, assim como eu já tive vários e vários. Agradeço muito a Deus por estar vivo, assim como agradeço à Polícia Militar, esta instituição bicentenária”, disse.
Ao Acorda Cidade, o tenente PM Gilmar Solia relembrou um fato marcante, quando perdeu um colega de farda durante um assalto a banco.
“Eu já tive muitos momentos tristes aqui dentro da PM, mas eu lembro perfeitamente de uma diligência em uma assalto a banco. Nós perdemos um colega, era um sargento, e na época eu era o motorista da viatura. Ele estava do meu lado, foi atingido por um disparo de arma de fogo dos bandidos, então pra mim, foi um dia que marcou bastante em minha vida, porque você sai para trabalhar, você está ali com seu colega trabalhando, brincando, e de repente surge uma situação como esta de assalto a banco”, contou.
Assim como as lembranças tristes, Gilmar também lembra dos ótimos momentos dentro da Polícia Militar. Segundo ele, uma data marcante, foi no dia da formatura.
“Existem muitos momentos gratificantes em minha vida, mas o dia da minha formatura como aspirante, foi algo muito espetacular. Posso dizer que foi o Dia D, aquilo me marcou bastante. Debaixo de lágrimas, eu falava para minha família que eu tinha conseguido um sonho, eu cheguei onde muitos gostariam também de ter chegado, e por isso sou muito grato a Deus”, declarou.
Como forma de inspirar muitos jovens que desejam ingressar da carreira de policial militar, o tenente PM Gilmar Solia destacou que o primeiro passo a ser dado, é gostar da profissão.
“O primeiro item, é gostar do que você vai fazer. Então se a pessoa gosta, se tem vocação, continue e entre na Polícia Militar para desempenhar um bom papel, porque quando você gosta do que faz, você faz com amor, você faz com dedicação. Então o conselho que eu passo, é que venham firmes no propósito de chegar até aqui e vestir esta farda, servir à sociedade, se doar ao máximo, pois isso é muito importante para um policial. A rotina é dura, quando o policial é escalado, ele tem uma carga horária a ser cumprida, tem o horário de chegada e o horário de saída, que por muitas vezes, existe algum tipo de situação e até acaba passando do horário. Mas geralmente o policial entre às 7h e fica até às 19h ou das 6h às 18h. Hoje mesmo, eu trabalho em uma escala de 6h às 18h, um serviço administrativo, nós assessoramos o comandante, então temos a obrigação de estar aqui todos os dias cumprindo a escala”, concluiu.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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