Crime no Parque Ipê foi motivado por legítima defesa, diz delegado

Conforme o Acorda Cidade já divulgou, Adilson da Silva Santos, 41 anos de idade, morreu na manhã desta sexta-feira (10), após ser atingido no tórax por um golpe de faca, dentro de uma residência localizada na Rua Vila Nova, bairro Parque Ipê em Feira de Santana.

O Acorda Cidade conversou com o titular da Delegacia de Homicídios (DH), delegado Gustavo Coutinho, que também presidiu o levantamento cadavérico. Segundo ele, o crime ocorreu em legítima defesa, após uma discussão entre Adilson e a companheira.

“O fato aconteceu por volta de 5h30 da manhã, quando uma mulher estava em casa, e seu companheiro, um homem com quem ela estava junto há mais de quatro anos, chegou. Ela nos relatou que houve uma discussão dentro de casa motivada por ciúmes. Ele começou a agredir com vários socos, ele inclusive rasgou a camisola que ela estava usando, no momento da briga o cachorro acabou fugindo de casa, e mesmo já seminua, ela correu para tentar resgatar o cachorro, isso foi presenciado pelos vizinhos e ela retornou para a residência. Neste momento, eles voltaram a discutir, ele tinha um porte alto, forte e começou a agredir ela. Nessa hora, ela pegou uma faca em legítima defesa e disse para que o homem não se aproximasse. Ele foi para cima tentar tirar a faca da mão dela, foi quando ela acabou ferindo ele com um único golpe de faca na região do tórax. O Adilson acabou caindo já sangrando no chão”, relatou.

Ainda de acordo com o delegado, nesse momento, a mulher buscou ajuda de vizinhos para socorrerem a vítima.

“Assim que ele caiu, ela correu desesperada pedindo ajuda aos vizinhos para que socorresse o Adilson, ligaram para o Samu, e mediante as circunstâncias que ela narrou, e também pelo que os vizinhos relataram, ela agiu em legítima defesa. Foi um único golpe de faca para se defender. Ela vai ser interrogada aqui na delegacia, se apresentou de forma espontânea, vamos instaurar um inquérito para apurar todo este fato e vamos encaminhar para o Ministério Público e eles irão decidir se realmente vai arquivar o inquérito por reconhecer legítima defesa ou denunciar como homicídio”, disse.

Ao Acorda Cidade, o delegado Gustavo Coutinho informou que a mulher flagrou o companheiro junto com um amigo na companhia de mais duas mulheres.