O Coronel PM Adalberto Oliveira Piton, responsável pelo Comando de Policiamento Regional Leste (CPRL), participou do quadro ‘Sala do Povo’ do Programa Acorda Cidade na manhã desta quarta-feira (1º).
Um dos pontos abordados na entrevista, foi o sistema operacional da Polícia Militar atuando na sede e nos distritos de Feira de Santana.
De acordo com o comandante, um estudo técnico já foi enviado para o comando geral, para que um redimensionamento seja feito na cidade.
“Nós enviamos para Salvador recentemente, um estudo de redimensionamento das companhias de Feira de Santana. Por exemplo, a 66ª CIPM está sobrecarregada, a sede dela é no bairro SIM, porém existe um leque muito grande de outros bairros, na qual esta Companhia é responsável por atuar. Então precisamos fazer um estudo para que a 64 CIPM possa também ser responsável por uma parte, a 65 CIPM por outra, além da 67 CIPM que já é responsável pelos distritos”, informou.
Ainda de acordo com o coronel, diante das expansões territoriais, não é mais possível que o CPRL que tem sede em Feira de Santana continue responsável por mais de 100 municípios da Bahia.
“Eu conversei com o Coronel Coutinho recentemente pois defendo que Feira de Santana volte a ter batalhões, pois isso está dentro do nosso planejamento de aplicação, do mesmo modo que o CPRL seja dividido. Eu não posso ter um coronel cuidando de 102 municípios, eu preciso ter apenas um coronel para Feira de Santana”, afirmou.
Desafios
Para o comandante do CPRL, um dos maiores desafios encontrados na Polícia Militar, tem vínculo com a legislação defasada.
“Um dos maiores desafios que nós temos com o sistema de defesa social, é operar com essa legislação ultrapassada que nós temos. Nós sabemos da impunidade, sabemos que Feira de Santana é grande, precisamos aumentar o nosso efetivo, mas apesar que existem estudos que aumentar não significa necessariamente a redução da criminalidade. Estamos aguardando a formação de 1.700 policiais, tivemos um concurso para 2 mil novos soldados, e assim continuamos a combater a criminalidade”, destacou.
Ainda de acordo com o coronel Piton, eventos organizados de última hora também influenciam no policiamento ordinário.
“Nós temos eventos aqui em Feira de Santana que são programados em cima da hora, e quando você remaneja um efetivo para um evento como este, óbvio que isso impacta no policiamento ordinário, gera uma sobrecarga e por muitas vezes, falta a colaboração do próprio cidadão. Por muitas vezes nossa equipe chega em alguma ocorrência e é destratada, os policiais são recebidos com latas de cerveja, vaias, entre outras coisas, então a própria população que cobra da Polícia Militar, as vezes não colabora”, pontuou.
Ouça a entrevista completa:
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