Dia Nacional dos Animais

Conheça mais sobre o trabalho dos cães farejadores da Rondesp Leste

O canil foi instalado em setembro de 2019.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

Nesta quinta-feira, 14 de março, data em que é celebrado nacionalmente o Dia dos Animais, é possível reunir uma enorme lista de todos os benefícios de conviver com eles. Além da amizade, companheirismo, um animal pode despertar diversos outros sentimentos, como alegria, sensação de bem-estar e também a importância do cuidado, atenção e responsabilidade.

No ambiente doméstico, são diversas as espécies incluídas entre as diferentes formas de família e os cães são uma delas. São muitas as raças, cada uma com seu porte físico e comportamentos, e que cumprem muito bem o papel de melhor amigo do homem.

Mas, além dessa relação de amizade, eles também podem exercer funções laborais, como os cães-guia que auxiliam deficientes visuais e também os cães farejadores que atuam junto às forças de segurança pública.

O Acorda Cidade esteve na Rondesp Leste, em Feira de Santana, e conheceu mais sobre como vivem e como é o dia a dia de cães farejadores. Eles atuam especialmente em busca de materiais ilícitos, como as drogas e a depender do treinamento, um cão farejador também pode atuar em busca de pessoas desaparecidas e outras situações.

Na Rondesp Leste, o trabalho é focado na procura de materiais ilícitos. O cabo Josemar Bispo, que trabalha no canil, contou como a iniciativa surgiu e mais detalhes do dia a dia dos cães.

“O capitão Ricardo nos trouxe essa proposta de instalar um canil setorial nessa unidade pela necessidade que temos. Como somos o maior entroncamento do Norte Nordeste, passa muito material ilícito e o canil em si trabalha no combate ao tráfico de drogas. Foi instalado desde setembro de 2019 e hoje temos 3 animais, sendo que um único cão opera, é formado. Os outros estão em formação, eles passam por um treinamento, uma rotina diária para que a gente consiga encontrar o cão ideal para se adaptar às necessidades do trabalho em faro”, explicou.

Segundo ele, a raça Pastor-belga-malinois é a que é presente no canil. Ele informou que essa raça é inteligente, mais rústica, mais resistente às situações que levam a fadiga, ideal para trabalhar no serviço operacional, tanto em ambientes abertos, como em rodovias e ainda de acordo com ele, os cães chegam ao canil por volta dos quatro meses de vida.

“É feita uma pré-seleção, aí depois ele começa a trabalhar na unidade. Tem uma rotina diária de alimentação, treinamento para que a gente escolha o cão ideal para o serviço de detecção”, contou.

De acordo com ele, a raça presente no canil é o Pastor-belga-malinois. Ele explicou que essa raça é reconhecida por sua inteligência, resistência e capacidade de lidar com situações desafiadoras que podem levar à fadiga. Ideal para o serviço operacional, seja em ambientes abertos ou em rodovias, os cães geralmente chegam ao canil por volta dos quatro meses de vida.

“Tem animal que responde um pouco mais rápido, outro mais demorado. Mas, trabalha-se com esse cão cerca de um ano, um ano e meio. Durante o trabalho de procura de materiais entorpecentes e também de munições, eles vão identificar se de fato têm e aí depois entra e expertise do homem para saber o porquê de ele indicar determinado local ou volume”, disse.

Foto: Ney Silva/Acorda Cudade

Sobre a interação com os policiais, o cabo Josemar relatou que é preciso que isto aconteça e eles estejam em sintonia. Além do protocolo alimentar e de treinamento, os cachorros também têm os seus momentos de lazer, passeio e brincadeiras. Depois das operações, há ainda a compensação ao trabalho, que pode vir em forma de carinho ou algum brinquedo.

Josemar Bispo relatou que os cães farejadores têm valores específicos e podem custar de R$ 35 a R$ 40 mil, após todo o processo de treinamento e qualificação.

Em Feira de Santana, a Rondesp Leste ainda não dispõe de veterinário e, por esse motivo, ainda não há uma maternidade para os cães Pastor-belga-malinois, segundo informou o cabo Josemar.

Aposentadoria

Assim como os policiais, em determinado momento da vida, após muito trabalho, os cães farejadores também se aposentam. Cabo Josemar informou que isto ocorre por volta dos oito anos de idade do cão. Ele vai passar por exames, vai ser verificado o seu estado de saúde e será encaminhado para a aposentadoria, ou melhor, a reserva. O recomendado é que ele fique com algum policial que trabalhou com ele, ou com alguém que tenha responsabilidade e capacidade para estar com ele.

Frequentemente nas operações policiais, os cães têm se destacado e cada vez mais se firmam nestes ambientes. Além de amigos do homem, são importantes aliados no combate ao crime e nos resultados positivos das ações de segurança pública.

Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade

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