Operação Panceia

Computadores e documentos são apreendidos em empresas de medicamentos durante operação contra grupo que sonegou R$ 39 milhões

Ordens judiciais estão sendo cumpridas em bairros de Salvador e também na cidade de Feira de Santana

Acorda Cidade

Atualizada às 10h06

Computadores, telefones celulares e documentos foram apreendidos, na sede de uma empresa de distribuição de medicamentos, suspeita de sonegar R$ 39 milhões em impostos. O flagrante aconteceu, no início da manhã desta segunda-feira (21), no bairro de Pirajá, durante a Operação Panaceia.

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"As investigações apontam também para possível prática de lavagem de dinheiro. Estamos cumprindo mandados na empresa que faz a contabilidade e na casa dos proprietários", explicou a titular da Delegacia de Crimes Econômicos e Contra a Administração Pública (Dececap), delegada Márcia Pereira.

Além do bairro de Pirajá, a operação cumpre mandados nos bairros do Rio Vermelho, Horto Florestal, Itaigara e Pituba. Fazem parte da operação, o Departamento de Polícia Técnica, a Sefaz, Receita Federal e MP.

De acordo com a delegada Márcia Pereira dos Santos titular da Delegacia de Crimes Econômicos e Contra a Administração Publica (Dececap), em entrevista ao Acorda Cidade, em Feira de Santana, foi cumprido um mandado de busca e apreensão em um escritório de contabilidade, que segundo as investigações auxiliava a empresa a falsificar documentos.

"A gente conseguiu cumprir todos os mandados de busca e apreensão, sendo um na cidade de Feira de Santana, com uma vasta apreensão de documentos de empresas, pen drives, aparelhos telefônicos, tudo pra que a gente possa concluir o inquérito e remeter à Justiça. Na cidade de Feira de Santana, nós estivemos em um escritório de contabilidade, que foi um dos alvos da nossa operação, que participava ajudando na falsificação de documentação. De início a gente a estimativa de uma sonegação de R$ 39 milhões. É uma empresa que trabalha no ramo farmacêutico, bem estabelecida com várias filiais em todo o estado", informou a delegada, acrescentando que o proprietário do escritório poderá ser indiciado no processo.

Panaceia

A operação foi deflagrada pela Delegacia de Crimes Econômicos e Contra a Administração Pública (Dececap), através da Coordenação Especializada de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro (Ceccor) da Polícia Civil, Departamento de Polícia Técnica, da Secretaria da Fazenda, do Ministério Público estadual e da Receita Federal.

Além dos mandados, a Justiça determinou também o bloqueio dos bens do grupo, para garantir a recuperação dos valores sonegados. Segundo as apurações, o grupo criava empresas em nome de “laranjas” ou “testas-de-ferro” e utilizava empresas sem existência operacional, com o intuito de sonegar impostos. Também foram identificados prejuízos ao Fisco Federal.

 

Com informações do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade.

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