Daniela Cardoso
Uma comissão instantânea criada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB – Feira de Santana) foi criada para pedir empenho da Polícia Civil na investigação da morte da advogada Sílvia Silva Carvalho. O crime ocorreu na noite de ontem (26), após um sequestro, quando a advogada saiu do escritório em Feira de Santana.
De acordo com o presidente da OAB, Marcus Carvalhal, a comissão foi criada para acompanhar o caso. Ele disse que não tinha muito contato com a vítima e que não tem muitas informações sobre o crime, mas que recebeu a garantia da polícia de empenho nas investigações para chegar a autoria do crime.
“Não sabemos se ela estava sendo ameaçada, particularmente não tinha muito contato com ela, mas ela tinha um trato amistoso com os colegas na sala da OAB. Os advogados, de modo geral, orientam bem seus clientes e informam que a obrigação do advogado é o meio e não o fim. Apresentamos o direito do cidadão para quem vai determinar se ele pode ou não responder em liberdade. Em Feira de Santana não temos relatos de advogados que recebem ameaças”, afirmou.
O delegado Fabrício Linard, titular da Delegacia de Homicídios, destacou que as investigações preliminares já foram iniciadas. Ele afirma que a possibilidade mais certa é de que a real intenção dos bandidos foi matar a advogada Sílvia.
“Eles informavam que se tratava de um sequestro, mas se foi um sequestro, não foi bem sucedido e resultou na morte da vítima. Ninguém sabe se ela tentou fugir e resultou nesses disparos. Apenas a investigação vai poder esclarecer”, afirmou.
Segundo o delegado, quatro homens participaram do crime. Eles estavam em um veículo ainda não identificado e a vítima foi levada junto com a secretária no próprio carro. Dois bandidos ficaram no outro veículo, para onde, posteriormente, a secretária foi transferida.
“No interior do veículo, elas permaneceram juntas por um breve período de tempo, pois, de acordo com a secretária, depois ela foi retirada e lavada para o veículo onde estavam os outros dois indivíduos, então ela não participou de todo o diálogo para nos informar. Ela narra que eles falaram o tempo inteiro que se tratava de um sequestro, mas não ouviu detalhes sobre a motivação do crime. Disse também que em momento algum, enquanto estava no carro, ouviu a voz da advogada”, informou o delegado.
Sobre a comissão, Fabrício Linard disse que como são advogados militantes, a comissão solicitou o empenho máximo da DH na investigação. “Eles tiveram aqui preocupados por acreditarem que a advogada posso ter sido morta decorrente a alguma situação envolvendo a atividade profissional”, afirmou.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade