Polícia

Comandantes do CPRL e companhias se reúnem para traçar novas estratégias para o policiamento em Feira de Santana

Segundo o tenente-coronel, a Polícia Militar vem realizando um alto número de apreensões de armas e drogas no município, algo que vem crescendo com a pandemia.

Laiane Cruz

Comandantes das Companhias Independentes de Polícia Militar (CIPMs) se reuniram na manhã desta segunda-feira (7), com o coronel Nilton Paixão, que está à frente do Comando de Policiamento Regional Leste(CPRL), para traçar novas estratégias de combate à criminalidade em Feira de Santana e apresentar a produtividade alcançada nas operações diárias.

De acordo com o chefe da Coordenação de Planejamento Operacional (CPO) do CPRL, tenente-coronel Gilson Paixão, um dos assuntos tratados na reunião foi sobre o redimensionamento das áreas cobertas pelas companhias. Está sendo feito um estudo para redimensionar essas áreas, em virtude do crescimento da cidade nos últimos anos.

“Nós estamos analisando, pois Feira de Santana da década de 70 era uma, de 80 era outra, e atualmente é outra Feira de Santana. Se criaram novos bairros, nasceram novos condomínios, e a Polícia Militar não pode ficar atrás. Então estamos redimensionando a área, a exemplo da 66 CIPM, que é uma área muito extensa, com 143 quilômetros quadrados, enquanto a área da 64ª são 4,8 quilômetros quadrados, como também a área da 67, que é uma área rural e tem 153 quilômetros quadrados e precisa ser reestudada. Esse trabalho estamos fazendo para áreas mais equilibradas e mais policiadas”, explicou.

Sobre a questão do combustível das viaturas, que segundo o prefeito Colbert Martins estaria passando por um racionamento, Gilson Paixão negou e informou que o governo do estado tem dado esse suporte. “O aumento de combustível se deu com a escolta de vacinas, então houve um aumento na questão do combustível, mas nunca faltou, porque estamos sendo suplementados nessa questão pelo governador do estado”, disse.

Foto: Ed Santos/ Acorda Cidade

Apreensão de armas e drogas

Segundo o tenente-coronel, a Polícia Militar vem realizando um alto número de apreensões de armas e drogas no município, algo que vem crescendo com a pandemia.

“O tráfico de drogas está relacionado a todos os crimes. Nós temos aí um número grande de apreensão de armas de fogo, porque os indivíduos se armam pra combater facções inimigas e proteger seus territórios. Mas a polícia tem atuado, tanto para combater os crimes de homicídios, como também do tráfico de drogas. Não esquecendo que quando a pandemia apareceu, acompanharam várias misérias, como desemprego e muitas pessoas começaram a traficar. O indivíduo hoje já estão com o modus operandi de diminuir o número de drogas que carrega, porque quando é pego se identifica como usuário e não como traficante. Então, nós temos todos esses dados, e a Polícia Militar estará presente sempre nas ruas para poder conter, principalmente o crime de homicídios”, destacou.

Em relação ao alto número de homicídios registrados em Feira de Santana, principalmente nos finais de semana, ele pontuou que vem acompanhando a situação junto com a Polícia Civil e o diretor do Presídio Regional.

“Hoje por exemplo vimos no jornal ataques a ônibus em Manaus e isso está relacionado à prisão de traficantes, e aqui em Feira de Santana temos um presídio que está lotado, e quando esses indivíduos saem para cumprir saída temporária ou recebem liberdade condicional, saem em busca do seu espaço. Então estamos trabalhando em consonância com a Polícia Civil e o diretor do presídio, monitorando os bairros desses indivíduos, para que tenhamos um número menor de homicídios.”

Para o tenente-coronel Gilson Paixão, a questão de segurança pública é dever do estado, mas também uma responsabilidade de todos. “Não podemos assumir a questão sozinhos. A segurança pública passa questões sociais, emprego, outros órgãos de fiscalização. Por exemplo, o Brasil tem uma das maiores fronteiras do mundo. As armas não nascem de Feira de Santana, vem de outros países. A Polícia Militar vem fazendo o seu papel dentro do município, mas a gente espera que os outros órgãos também façam seu papel.”

Blitz

Em relação às Blitz que vem sendo realizadas na cidade, ele avaliou como positivas e devem continuar, devido ao alto número de apreensão de drogas, armas de fogo e prisão de pessoas. “Nós não tivemos nenhum auto de resistência, porque os bandidos entendem que não podem enfrentar o poder público. Não podemos reconhecer que existam facções em Feira de Santana, apesar das pessoas potencializarem isso. Eu sei que tem bandos, não é pra ter facção, desconheço essa palavra. Mas as operações estão aí e vão continuar e vamos trabalhar cada vez mais duros para diminuir os índices de homicídios.”

Operação Toque de Recolher

Sobre a Operação Toque de Recolher, realizada em parceria com os órgãos municipais, o tenente-coronel salientou que vem ocorrendo muitas apreensões de paredões em locais sensíveis, com potencial de utilização de bebidas e drogas. Também avaliou a postura da população em relação à pandemia, que tem dificultado o cumprimento das ações de fiscalizações por desobedecer as ordens de restrição.

“São feitos em locais obscuros, desertos, e são feitos em locais em que as pessoas acham que podem fazer tudo. Mas quantos hospitais temos que construir para atender o descumprimento das pessoas, quantos policiais militares pegaram covid e morreram fiscalizando esses paredões. Aos domingos, em Feira de Santana é absurdo. Nós autuamos e notificamos com o poder público e aparecem dez festas clandestinas e nós vamos lá. Então o descumprimento e a falta de consciência das pessoas é que tem levado a esse caos da covid. Infelizmente as pessoas não entenderam que estamos passando por um período crítico, que necessita da ajuda de todos.”

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.  

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