Polícia

Comandante interino da 66ª CIPM explica vídeo de confusão na Lagoa Grande; som automotivo causou ocorrência

As infrações derivadas de som automotivo também são recorrentes no município.

Confusão Lagoa Grande em Feira de Santana
Foto: Reprodução/ Redes Sociais

Um vídeo de uma confusão, registrada na Lagoa Grande, em Feira de Santana, repercutiu nas redes sociais no último fim de semana. Nas imagens, policiais militares tentam colocar um homem dentro de uma viatura, que se recusa a entrar no veículo.

Diante da repercussão, a reportagem do Acorda Cidade foi em busca de esclarecimentos com a 66ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM), área que os policiais mostrados no vídeo estão lotados.

O capitão da PM Djomar, comandante interino da 66ª CIPM, falou sobre o assunto. Segundo ele, uma guarnição foi acionada três vezes diante de uma reclamação de perturbação de sossego, derivada de um som automotivo. Mesmo ao ser chamado atenção, o homem continuou com o som alto.

Capitão PM Djomar
Foto: Ed Santos/ Acorda Cidade

“Houve um chamado para o 190, no qual algumas pessoas estavam incomodadas com o som alto. E, nesse momento, a viatura se fez presente no local, de forma educativa, informou ao cidadão para que ele baixasse o som, já que há uma especificação dos decibelímetros e esse som estava muito além dos 45, que é um número que pode ser utilizado de forma tranquila. Existe também uma resolução que o agente, ao perceber que o som excede no veículo, ele pode adotar as medidas legais cabíveis sem a necessidade do decibelímetro. O que aconteceu, foi que a viatura foi novamente, tratou o cidadão de forma tranquila, o orientou, passou a situação para ele, mas ele não obedeceu. Ele baixou o som e quando a viatura saiu, ele aumentou o som e voltou a fazer toda a balbúrdia. Ligaram novamente para o 190 e a guarnição voltou e informou ao homem que ele teria que ser conduzido a delegacia, não só pelo som alto, mas pelo crime de desobediência, e aí, ele se exasperou. Os policiais tentaram colocá-lo no fundo para ir até a delegacia de forma coercitiva e nesse momento, um outro indivíduo tampou a viatura. Teve que ser chamado um apoio e ele foi imobilizado, conforme preconizam os regulamentos, não foi agredido e em seguida conduzido à delegacia”, explicou.

As infrações derivadas de som automotivo são recorrentes no município. Além de explicar o ocorrido, o comandante aproveitou ainda para chamar atenção sobre os principais problemas que envolvem a prática de paredões e poluição sonora à população.

“Não era necessário que isso acontecesse, se, no primeiro momento, ele tivesse acatado a guarnição que foi pela primeira vez. Quero dizer para o cidadão feirense que veículo de passeio não é carro de som. O carro de som tem especificação, ele passa por uma vistoria, e tem que ter um alvará porque é um meio comercial. Mas, nos últimos anos as pessoas tem enchido os seus veículos de som o que tem perturbado o sossego, além da poluição sonora. São crimes de menor potencial ofensivo, mas geram a condução para a delegacia. A maioria dos problemas estão ligados ao som alto, essa prática chama pessoas que vão beber para se divertir, mas no entorno desses paredões enveredam o tráfico de drogas, a venda ilegal de bebida a menores de idade e criam-se problemas de intriga, desafetos se encontram e acabam culminando em vias de fato e até homicídios. Alguns anos atrás em Feira de Santana, as confusões aconteciam em sua maioria até em bares. Então, se queremos melhores dias para nossa sociedade, temos que obedecer a lei. E o Comando de Policiamento Regional Leste tem se mostrado preocupado e tem atuado, buscando a segurança da população de Feira de Santana a mesma coisa do major Lessa que atua para trazer melhores dias na área da 66ª CIPM”, concluiu.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

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