Laiane Cruz
Acusado pelo presidente da Câmara Municipal, vereador Fernando Torres, de ter desferido um soco contra ele, o chefe de gabinete do prefeito Colbert Martins, Fanael Ribeiro, buscou o Acorda Cidade para esclarecer que antes de Torres chegar à delegacia, ele já estava lá registrando um boletim, após ter sofrido agressões verbais de cunho racista por parte do integrante da Casa Legislativa.
De acordo com Fanael Ribeiro, o vereador Fernando Torres esteve na prefeitura municipal durante a manifestação dos professores ontem (31) e, ao encontrá-lo, o xingou, dizendo: "Quem é você, seu nêgo descarado, puxa saco". E logo em seguida, conforme o chefe de gabinete, Fernando Torres tentou empurrá-lo querendo invadir o gabinete à força, e ele tentou contê-lo para que não entrasse.
Ainda conforme Fanael Ribeiro, já na delegacia, o vereador o agrediu novamente. “Ele me xingou usando aquela palavra chula, dizendo que era uma prostituta. Isso dentro da delegacia, num total desrespeito também à instituição policial”.
“Hoje teve uma manifestação da APLB e fomos à prefeitura, chegando lá, os Guardas Municipais receberam os vereadores e o professores com spray de pimenta. Duas professoras passaram mal e eu também senti muito o spray, e o secretário do prefeito Colbert me deu um murro no rosto, o Fanael Ribeiro. Por isso vim prestar queixa contra ele, que me deu um murro à traição. Eu estava como vereador, defendendo a APLB, tentando uma negociação do sindicato com a prefeitura, tentando ajudar para não acontecer a greve, porque é ruim para a cidade inteira, mas vejo o sofrimento dos professores, e lá fui eu, o vereador Silvio Dias, Luiz da Feira, Jonathas Monteiro, Emerson Minho, Paulão do Caldeirão, Lu de Ronny, quase a câmara inteira. E quando eu adentrei uma sala que estava aberta, o Fanael chegou por trás de mim e me deu um murro na mandíbula”, afirmou Fernando Torres.
Ainda de acordo com o presidente da Câmara, isso nunca aconteceu na trajetória dele como político.
“Eu vou ao médico para ver o que aconteceu, porque ainda sinto o gosto de sangue na boca. Acho que isso chegou ao absurdo. Eu tenho cinco mandatos e nunca aconteceu isso comigo, já participei de várias greves, como a da Polícia Militar, de professores, mas essa forma como os professores foram recebidos e a imprensa de Feira de Santana, foi um absurdo.”
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Com informações do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade.
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