Realizado nos bairros George Américo, Campo Limpo, Asa Branca e Morada das Árvores, o projeto ‘BCS nas Escolas’ já acontece no município de Feira de Santana há cerca de 8 anos.
Promovido pela 66ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM), o projeto tem como intuito criar uma aproximação com a comunidade.
Em entrevista ao Acorda Cidade, o soldado França da 66ª CIPM explicou como as atividades são realizadas.
“Esse projeto já tem 8 anos e é realizado aqui nas escolas da região do bairro Campo Limpo, Asa Branca, Morada das Árvores, George Américo com o intuito de garantir tanto a proteção escolar, quanto o corpo docente, os familiares e principalmente as crianças aqui da nossa região”, explicou.
Segundo ele, as visitas são realizadas de forma diária com o intuito de criar essa aproximação com a comunidade, fazendo com que conceitos também possam ser passados para as famílias.
“O nosso projeto chamado de BCS nas Escolas atua de maneira a introduzir os conceitos que estão no cotidiano dessas crianças, como a violência, o bullying, o cyber bullying, as drogas lícitas e também ilícitas, educação no trânsito, para que estas crianças possam construir no seu currículo, tanto escolar, quanto familiar, conceitos fundamentais que podem influenciar na vida adulta dessas crianças”, afirmou.
De acordo com o soldado, o projeto tem como objetivo atuar com crianças que estão na fase de transição para adolescência.
“A princípio, nós estamos atuando nas escolas da rede pública, mas não deixamos de fazer nas escolas da rede privada, até porque somos convidados. O nosso foco é o 5º ano, crianças que estão nesta fase de transição para a adolescência. Então nós preparamos estas crianças para enfrentar o cotidiano com o poder da escolha, evitar drogas, evitar a violência, para que dessa forma, possam crescer com o foco em apenas estudar.”
A Base Comunitária de Segurança foi criada em 2012 e buscava uma forma exclusiva para atender as demandas da região.
“Nós não trabalhamos com as disciplinas que são aplicadas nas escolas, como matemática, português, geografia, nem outra disciplina, nós trabalhamos diretamente com o cotidiano vivenciado. Nós temos uma atividade por exemplo que se chama júri simulado, que é quando pegamos uma situação de violência e essas crianças possuem o poder de inocentar ou culpar uma pessoa que foi acusada de determinado crime”, destacou o soldado.
Diante dos inúmeros casos de violência nas escolas em todo o Brasil, o soldado França orientou o que toda população deve fazer.
“Em primeiro lugar, as pessoas devem confiar nas redes de comunicação oficial que a Polícia Militar tem. Então sempre que tiver algum tipo de ameaça, ao invés de acreditar nestas fake news, nos áudios que são enviados nos grupos de WhatsApp, ligue para o 190, verifiquem se existem alguma veracidade sobre este fato. Essa é uma orientação para o corpo docente, para a direção e também para tranquilizar os pais que sempre se deslocam até as escolas para saber mais informações sobre estes atos. A Polícia Militar está atuante acompanhando estas eventualidades, atuando na medida do possível para resolver todos os problemas”, pontuou.
Ao Acorda Cidade, o soldado França da 66ª CIPM afirmou que no início da implantação, algumas escolas apresentaram resistências mas ao longo do período, esta barreira foi quebrada.
“As escolas tiveram resistência justamente por não entender o que a Polícia Militar iria fazer dentro das suas unidades. Passando por este processo de adaptação, todas as escolas recepcionaram as atividades de maneira positiva, garantindo assim, a continuidade deste projeto nos últimos oito anos. Já existem outras unidades com este interesse, e mesmo de maneira limitada, a gente consegue atender as unidades aqui da região da Base do George Américo”, concluiu.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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