O motorista de ligeirinho Edésio Silveira Linhares, de 56 anos, morador de Salvador, passou horas de terror sob poder de três criminosos em seu veículo, na segunda-feira (24). Ele relatou ao Acorda Cidade, que um rapaz pediu-lhe que o levasse de Salvador a Feira de Santana, mas quando chegou próximo à Estação Rodoviária de Feira, dois homens armados entraram em seu carro e o agrediram.
Edésio contou ainda que amarraram suas mãos e tomaram seus pertences, e que já eram mais de 21h quando foi libertado em um local ermo no distrito de Bonfim de Feira. Após andar por mais de uma hora em busca de ajuda, a vítima encontrou uma viatura da polícia. O motorista está desde ontem (24) sem conseguir informar sua família sobre o que aconteceu, e aguarda que os parentes o encontrem na delegacia.
“Era umas 16h30 quando um jovem aparentando 16, 17 anos, mandou o pai dele fazer um Pix de 74 reais, eu coloquei gasolina. Ele disse que em Feira iria me dar o restante do dinheiro, e aí eu retornava pra Salvador. Só que quando chegou perto da rodoviária e de um posto, vieram mais dois rapazes, entraram no carro, mostraram logo um 38 pra mim, me deram uma coronhada na cabeça e me levaram para um bairro em Feira de Santana. Lá, eles fizeram várias tentativas de roubo, pegaram outro automóvel, tentaram roubar, deram dois tiros contra um rapaz”, disse.
A vítima disse ainda que após ser libertado pelos marginais, tentou desamarrar as mãos.
“Eu estava com as mãos amarradas enquanto os três cometiam os delitos. Aí eles foram para Bonfim de Feira e me largaram em um local deserto lá. Era umas 9 pra 10h da noite, eu nem lembrava mais o horário. Consegui me desamarrar, meus pulsos estão aqui arrebentados, me deram muita cotovelada no meu estômago, no meu peito, e eu estou aqui mal. Graças a Deus eu consegui vir andando, por uma ou duas horas de relógio e foi aí que eu encontrei uma viatura da polícia. Jesus mandou esses dois soldados, me trouxeram aqui pra delegacia. Desde ontem ninguém da minha família sabe do meu paradeiro”, destacou.
Edésio conta que trabalha há oito anos fazendo transporte clandestino e que foi a primeira vez que foi assaltado.
Com informações do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade
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