Seria realizada nesta segunda-feira (11) no Fórum Filinto Bastos, em Feira de Santana, a audiência de instrução dos dois policiais envolvidos na morte do jovem Marcelo Felipe Guerra dos Santos Rocha, 18 anos de idade, alvejado ao tentar escapar de uma blitz, que estava acontecendo na Avenida Maria Quitéria, no dia 1º de abril de 2022.
Em março do ano passado, o Acorda Cidade divulgou que a Justiça recebeu a denúncia do Ministério Público, feita em janeiro de 2023, contra os dois policiais militares.
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De acordo com a acusação, no dia 1º de abril de 2022, os agentes perseguiram o carro dirigido pelo jovem e ao emparelharem as motos que pilotavam, deram vários tiros na direção do rapaz, sendo que três o atingiram, um dos quais atravessou o corpo e saiu do outro lado.
Ferido gravemente e perdendo muito sangue, Marcelinho, como era carinhosamente chamado pela família e amigos, encostou o carro no meio fio, saiu com dificuldade e deitou de bruços no chão da avenida Presidente Dutra, falecendo ali mesmo.
Em entrevista ao Acorda Cidade, a mãe de Marcelo, Daniela Guerra, declarou que recebeu a notícia com muita frustração, já que terá que aguardar por mais um período, até obter o resultado final.
“Para mim, foi uma frustração muito grande, desde janeiro eu já sabia dessa data. Desde então, nós aguardávamos muitos ansiosos por esse momento. Eu criei uma expectativa muito grande para esse dia. Afinal de contas, era um dia importantíssimo, que a gente estava vendo que a justiça estava sendo feita aqui na Terra. Mas ao chegarmos no Fórum, fomos surpreendidos com a informação de que a audiência teria sido remarcada e, isso me gerou um constrangimento muito grande, porque eu estava acompanhada de alguns amigos e familiares, pessoas que se deslocaram até de outra cidade para estarem presentes comigo nesse momento e fomos surpreendidos com essa informação da remarcação”, pontuou.
De acordo com Daniela, a magistrada não poderia estar presente no julgamento e uma nova data foi determinada.
“Eu reconheço que intercorrências acontecem com todos e, o motivo pelo qual foi remarcado, foi que a magistrada não poderia se fazer presente por motivo de força maior. Eu entendo, compreendo, mas eu confesso que eu fiquei muito abalada, fiquei muito triste porque eu tinha criado uma expectativa muito grande para esse dia. Eu me senti constrangida de estar ali para uma audiência e saber que não ia ter mais, junto com todas as pessoas que estavam ali do meu lado. Mas já foi designada uma próxima data, vai acontecer com a fé em Deus no dia 14 de abril de 2025. Até lá seguiremos orando, clamando a Deus, mas isso não me impede de lutar pela justiça aqui na Terra”, concluiu.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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