Polícia

“Até o momento não fui procurada por ninguém”, diz mãe de adolescente morto em "brincadeira de assalto"

O jovem morreu no último sábado (7), após ser atingido por disparos de arma de fogo logo depois de simular uma brincadeira de assalto.

Matheus dos Santos Souza
Foto: Redes Sociais

Na tarde desta terça-feira (10), a mãe do adolescente Matheus dos Santos Souza, de 14 anos, Cíntia Silva dos Santos, esteve no Complexo de Delegacia do Sobradinho para buscar respostas para a morte do filho. O jovem morreu no último sábado (7), após ser atingido por disparos de arma de fogo no bairro Papagaio, em Feira de Santana, após simular uma brincadeira de assalto. 

Ao Acorda Cidade, Cíntia contou que se encontrou com o delegado titular da Delegacia de Homicídios (DH), Gustavo Coutinho, para buscar esclarecimentos sobre a intervenção policial que ocorreu. 

Cíntia Silva
Cíntia Silva | Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

“Até o momento eu não fui procurada por ninguém, não tive resposta de nada, não sabia de nada sobre as investigações, não fui chamada, não fui procurada por ninguém, então, praticamente, eu vim por livre e espontânea vontade, procurar saber como andava as investigações”, declarou. 

De acordo com o relato de Cíntia, a polícia confirmou que já estava em posse das imagens, para seguir apurando o caso e que os policiais envolvidos na ação já foram afastados do serviço. 

“Ele me explicou que está investigando, que já foi apurado tudo, as filmagens já estão nas mãos das polícias, os policiais foram afastados, já foram ouvidos, disse que está tudo sendo periciado. Estão aguardando o laudo da morte do meu filho, da perícia, do DPT, para finalizar as investigações e mandar, se eu não me engano, para o Ministério Público”.

A mãe ainda declarou que está em busca de justiça pela morte prematura do filho para que outras ações como essa não ocorram com outros cidadãos.  

“Quero que sejam punidos, que sejam tirados de circulação, uns homens desses que são despreparados, porque foram treinados, assim dizem eles, para nos dar segurança e fizeram ao contrário, tiraram a vida de uma criança de 14 anos, inocente, que não era envolvido em nada, um menino que respeitava todo mundo e eu vou correr atrás dos meus direitos. Vou correr atrás disso, vou mover uma ação contra o Estado”. 

Cíntia contou que “a ficha ainda não caiu” sobre a morte repentina do filho. 

“Estou aqui anestesiada, você sabe o que é todo dia você acordar ao lado do seu filho, e hoje você acordar e saber que seu filho não vai estar mais lá do seu lado? de você dormir com o seu filho todos os dias, seu filho lhe abraçando, lhe beijando. A tarde ele está lá penteando seu cabelo, ter aquele carinho todo e você olhar hoje e você não ter mais isso? Você ser destruída por conta de um despreparo de uns policiais?”, desabafou. 

O comandante do CPRL, Antônio Lopes, informou ao Acorda Cidade que determinou que o Serviço de Valorização Profissional do Comando Leste, em Feira de Santana (Sevap/Feira), entre em contato para prestar total apoio e assistência à família de Matheus, sendo designado psicólogos para dar atenção aos seus familiares.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

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