Polícia

Antiquários são indiciados por furto e receptação de obra do século XVIII

Fabricada em louça de Macau, no século XVIII, na cidade do Porto, em Portugal, o 'Juno' é uma obra tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), cujo valor é inestimável.

 

Acorda Cidade
 
O delegado André de Oliveira Alves, titular da Delegacia Territorial (DT) de Cachoeira, vai indiciar os antiquários Afonso Henrique Souto de Magalhães, sua mulher, Samara Filgueiras Souto de Magalhães, e Cristiane Musse, proprietária de uma loja de antiguidades no Rio Vermelho, pelo furto da escultura “Deusa Grega Juno”, que sumiu, em 21 de março deste ano, do jardim interno do Hospital São João de Deus, pertencente à Santa Casa de Misericórdia de Cachoeira.
 
De valor incalculável, a obra foi devolvida, na tarde de ontem (8), pelo delegado ao Provedor da Santa Casa de Misericórdia de Cachoeira, Luiz Antônio Costa Araújo, seis dias após as investigações levarem a Polícia Civil aos autores do crime. Vistos por testemunhas usando o próprio veículo, um Fiat Siena, para transportar a peça, de aproximadamente 90 centímetros e 10 quilos, Afonso e a mulher foram localizados em Santo Antônio de Jesus e conduzidos à DT/Cachoeira, onde confessaram o furto e a venda da estátua para Cristiane, que pagou apenas R$ 3,5 mil.
 
Respaldado por um mandado de busca e apreensão, expedido pela Comarca de Cachoeira, o delegado foi até a loja de Cristiane, que disse, inicialmente, ter vendido a escultura para um colecionador de São Paulo. Segundo o delegado André Alves, a polícia agora vai investigar o envolvimento dos três antiquários em outros furtos de obras semelhantes, ocorridos na região do Recôncavo.
 
Fabricada em louça de Macau, no século XVIII, na cidade do Porto, em Portugal, o Juno é uma obra tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), cujo valor é inestimável. Os antiquários Afonso Henrique e Samara Magalhães vão responder por furto, enquanto Cristiane Musse responderá por crime de receptação. Os três permanecerão em liberdade até a conclusão do inquérito. O delegado André Alves investiga também a participação de uma quarta pessoa no crime. 
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