Operação Xavier

Alvo de operação contra corrupção na Câmara de Ilhéus, empresário deixa presídio para cumprir prisão domiciliar

Segundo advogado, empresário faz tratamento de saúde.

Acorda Cidade

Um empresário que havia sido preso durante a "Operação Xavier", deflagrada para combater um esquema de corrupção na Câmara de Vereadores da cidade de Ilhéus, no sul da Bahia, foi liberado para cumprir prisão domiciliar na terça-feira (21), quase uma semana após a ação.

O advogado do empresário, Thiago Leal, informou que Aêdo Laranjeiras teve liberação da Justiça por conta de um tratamento de saúde que estava fazendo antes da prisão e que deve continuar em casa.

O empresário estava no Presídio Ariston Cardoso, em Ilhéus, junto com os outros quatro presos na operação. São eles: outro empresário, identificado como Cleomir Primo Santana, o ex-vereador e atual secretário de Agricultura e Pesca de Ilhéus, Valmir Freitas, que foi afastado temporariamente do cargo pela prefeitura; o vereador Tarcísio Paixão (PP); e o secretário-geral da Câmara, Paulo Eduardo Leal do Nascimento.

A operação foi deflagrada na última quarta-feira (15). Coordenada pelo Ministério Público da Bahia, a ação teve como objetivo desarticular uma organização criminosa que atuava na Câmara de Vereadores de Ilhéus.

Equipes do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco) e da 8ª Promotoria de Justiça de Ilhéus, em conjunto com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), atuaram na ação.

Além dos mandados de prisão, os agentes também cumpriram dez de busca e apreensão, todos expedidos pela 1ª Vara Criminal de Ilhéus. O material, contando com celulares e documentos, foi encaminhado para o MP. Além dos presos, um vereador e sete servidores da casa legislativa foram afastados.

Segundo o MP-BA, os investigados estão envolvidos em organizações criminosas instaladas na Câmara e responsáveis por operacionalizar múltiplos esquemas de corrupção ao longo de sucessivas gestões na Casa Legislativa. Os nomes dos outros investigados não foram divulgados.


A Câmara de Vereadores de Ilhéus informou, por meio de nota, que a atual gestão tem colaborado, nos limites da sua competência, com os requerimentos realizados pelo MP-BA, até esta data.

"Todas as recomendações feitas pelo Ministério Público do Estado da Bahia e pela Primeira Vara Crime de Ilhéus estão sendo observadas pela atual gestão da Câmara Municipal para evitar a reprodução e perpetuação de supostos crimes, assim como para oportunizar uma gestão transparente com a devida publicidade dos atos administrativos, especialmente aqueles relacionados aos processos de licitação e dispensa de licitação", diz trecho da nota.

Ainda no comunicado, a Câmara informou que a gestão do presidente da Casa, César Porto, está à disposição da sociedade ilheense e das autoridades para prestar qualquer outro esclarecimento e informação, desde que no âmbito da competência respectiva.

Fonte: G1

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