O tenente-coronel Amom, comandante da 64ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM), afirmou em entrevista ao Acorda Cidade que houve falha no diagnóstico dado ao policial militar Robson Pereira da Paixão, antes de ele praticar os crimes, pelo departamento responsável por prestar atendimento médico e psicológico à PM.
De acordo com o coronel, os médicos e psicólogos avaliaram o policial, uma vez que apresentava indícios de depressão, e disseram que ele estava pronto para o serviço. O PM estava afastado por um período de 90 dias, desde o dia 3 de outubro e deveria rertornar ao trabalho no próximo dia 3 de janeiro. “Então alguém falhou. Eu acho que tem que ser revisto esse conceito dessas pessoas que estão com alguma enfermidade, e que as pessoas habilitadas para dar uma diagnose à família têm que ter mais prudência , mais cautela”, disse.
Ainda segundo o coronel, Robson Pereira da Paixão necessita urgentemente de acompanhamento psicológico, pois demonstra características de perturbação, e deve ser, portanto, melhor avaliado. O coronel contou ainda que há alguns anos ele tentou cometer suicídio atirando em si mesmo e também já tentou colidir sua motocicleta em um carro.
Após a agressão, o policial foi detido e levado para o Hospital Psiquiátrico Lopes Rodrigues e em seguida transferido para o Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), onde permanece internado. Ele deve ser transferido para um hospital de Salvador, onde passará por uma avaliação com o neurologista e pode ser afastado da corporação.
A mãe do policial, Sônia Maria da paixão, de 73 anos, sofreu um traumatismo craniano e teve os pulmões perfurados devido a fraturas na costela. Ela permanece em estado grave no Hospital Emec. A irmã Irlanda Marua Pereira da Paixão, 42, e a sobrinha de 15 anos, foram socorridas para o Hospital Geral Clériston Andrade. Elas já foram medicadas e liberadas.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.