Feira de Santana

'Ainda é cedo confirmar autoria do crime', diz advogado do acusado de matar criança de 9 anos

De acordo com o advogado, as investigações apontam que no momento do crime, um indivíduo estava sendo detido por outras pessoas, e após conseguir fugir, disparos foram efetuados no objetivo de contê-lo.

Gabriel Gonçalves

Durante uma abordagem de rotina da Polícia Militar (PM) na última terça-feira (13), o acusado de matar o garoto Luis Santos de Jesus, de 9 anos, no dia 24 de fevereiro no bairro Lagoa do Subaé em Feira de Santana, foi preso em flagrante com uma quantidade de drogas. Ao ser conduzido à delegacia, foi constatado que havia um mandado de prisão preventiva expedido pelo poder judiciário.

Em entrevista ao Acorda Cidade, o advogado do acusado, Armênio Seixas Júnior, informou que ainda é cedo para confirmar a autoria do disparo que vitimou o pequeno Luis Santos de Jesus.

"Diante da situação na Delegacia de Homicídios, foi procedida uma investigação posterior ao crime, no qual foi apontado o meu cliente como autor ou partícipe da situação que ocorreu, como a morte da criança. Eu entendo que o momento é prematuro para poder chegarmos de fato até a autoria, porque a dinâmica da situação que aconteceu, foi que várias armas foram disparadas e apenas um tiro acertou esta criança, que eu entendo no direito penal, ser um erro de execução, porque o tiro não era destinado para a criança", explicou.

De acordo com o advogado, as investigações apontam que no momento do crime, um indivíduo estava sendo detido por outras pessoas, e após conseguir fugir, disparos foram efetuados no objetivo de contê-lo.

"Segundo as informações que foram levantadas aqui pela própria especializada da Delegacia de Homicídios, tinha um grupo detendo uma determinada pessoa e no momento de descuido, essa pessoa conseguiu fugir e os rapazes que estavam detendo esta pessoa, começaram a disparar para conter a fuga deste cidadão. Infelizmente um dos disparos alcançou esta criança. Eu não posso afirmar que foi um tiro acidental, porque realmente houve a intenção do disparo, mas a intenção não era atingir a criança. Entendo isso como erro de execução, que está capitulado no código penal, então certamente desta maneira que iremos agir, e através da Polícia Científica, dos laudos e de outras situações, iremos identificar de qual arma saiu esse tiro e que ceifou a vida da criança", informou.

Foto: Reprodução/Mídias Sociais

Para o advogado Armênio Seixas, não há necessidade da prisão preventiva, uma vez que o acusado já tinha se apresentado em outro momento na delegacia.

"A nossa tese principal é justamente provar que não foi da arma dele que saiu esse disparo, assim ele aguarda preso e a defesa entende da não necessidade desta prisão, haja vista que ele compareceu anteriormente quando foi convocado pela autoridade policial aqui na Delegacia de Homicídios e vamos combater passo a passo esse processo e ver o que o futuro nos espera", concluiu.

Com informações do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade

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