Acorda Cidade
O Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado da Bahia (Sinspeb) inicia uma greve por tempo indeterminado a partir desta quarta-feira (27), 48 horas após a rebelião no Conjunto Penal de Feira de Santana.
A categoria reivindica entre outras coisas a realização de concurso público, liberação de porte de armas e aposentadoria especial. Com a greve serão mantidos apenas os serviços de alvará de soltura, alimentação e medicação pelos 30% do efetivo.
De acordo com Cristiano Cerqueira Maciel, que é delegado de base do Sindicato dos Agentes Penitenciários de Feira de Santana, na cidade são cerca de 80 agentes. Já na Bahia, são 900 agentes penitenciários para 14 mil detentos em 17 unidades prisionais geridas pelo estado.
“Esse quantitativo é muito pouco para o número de detentos e impossibilita a gente de dar assistência devida a eles. Temos que fazer escolta externa, onde tem que saí no mínimo dois agentes para cada detento, mas sempre vamos sem armas e é por isso que queremos a regulamentação, pois assim poderemos ter mais segurança. O estado tem sido omisso nisso e a gente tem colocado nosso pescoço em risco”, afirmou.
Segundo Cristiano Cerqueira, já havia a deliberação da greve antes da rebelião ocorrida no presídio de Feira. Ele destaca que outras três paralisações já haviam sido realizadas, mas não houve resposta sobre as reivindicações.
“A greve já estava apontada e foi deflagrada. A cabeça da nossa pauta é melhorias de trabalho e o aumento de agentes. Temos alguns palpites para tentar melhorar esse caos no presídio de Feira de Santana”, destacou.
Fotos: Ed Santos/Acorda Cidade
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade