Rachel Pinto
Foi liberado na audiência de custódia, Júlio Victor da Silva Cunha, acusado de assassinar com quatro golpes de faca o tio Raimundo Júlio da Cunha, de 45 anos. O crime aconteceu na manhã do dia 29 de maio na residência da vítima, no Conjunto Feira VII, em Feira de Santana, mas o corpo só foi encontrado no dia seguinte.
O advogado constituído para defesa de Júlio, Guga Leal, disse em entrevista ao Acorda Cidade que o acusado foi preso ilegalmente em um suposto flagrante.
Fotos: Aldo Matos/Acorda Cidade
Segundo ele, no dia 30, quando a Polícia Militar chegou, ele estava na frente da casa onde mora e sem a chave. Ele esperou a mãe chegar para abrir o portão da casa e entrar, e em seguida entrou na viatura e acompanhou os policiais até a delegacia, onde confessou o crime e explicou o que aconteceu.
“Ele disse que teve umas brigas anteriormente e que já teria sido vítima desse tio. Inclusive ficando em coma por 10 dias por uma facada que tinha tomado. A justiça entendeu que não tinha os elementos necessários para ser direcionado a um flagrante. A prisão dele foi ilegal, não foi homologada pela justiça. Até porque do tempo do crime para a prisão não existia nenhum tipo de indícios de perseguição, de investigação, nada dessa natureza. O padrasto dele foi quem informou à polícia que ele teria matado, a Polícia Militar foi lá e o conduziu até a delegacia onde achou por bem em dar o flagrante”, explicou.
Guga Leal informou ao Acorda Cidade que Júlio contou ainda que no dia do crime estava bebendo com o tio. Ele declarou para a promotora e a juíza que estava um pouco fora de si, mas totalmente consciente do que fez. Júlio vai agora aguardar o desenrolar do processo em liberdade.
“Ele está à disposição da polícia e da justiça por ter sido preso em flagrante. Deixou seus endereços, seus contatos, tem advogado constituído aos atos e assim sendo, ele ficou a disposição de todos e está no aguardo para o inquérito ou ser intimado pela justiça para apresentar suas defesas”, concluiu.
Com informações do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade.