Andrea Trindade
Foi preso por policiais civis de Santo Estevão e da Delegacia de Homicídios de Feira de Santana na tarde desta quarta-feira (29), Gerônimo Navarro da Silva Filho, acusado de atear fogo e matar o comerciante Manoel Carlos Santana, 61 anos, em Feira de Santana.
Foto: Divulgação/Polícia Civil
“Junior” ou “Cabelinho”, como também é conhecido, foi preso em uma residência na cidade de Santo Estevão. O acusado já deveria estar preso, por conta da prisão preventiva decretada na semana passada, mas devido a Lei Eleitoral foi necessário esperar 48 horas após as Eleições para e efetivar a prisão.
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De acordo com o delegado Ricardo Brito, coordenador Regional de Polícia, o acusado estava se preparando para fugir. “Ele estava escondido em uma casa e se preparava para fugir. Hoje iniciava, após as 48 horas do período eleitoral, o período em que já poderia ser cumprido o mandado de prisão e conseguimos localizar em Santo Estevão. Ele se entregou e disse que iria procurar os advogados para fazer sua defesa. Agora ficará à disposição da Justiça. Júnior disse também que está arrependido, mas nada justifica tamanha crueldade”, declarou o delegado. A polícia também está em busca do segundo envolvido.
Foto: Arquivo Aldo Matos/Acorda Cidade
Gerônimo se apresentou à polícia acompanhado por dois advogados na manhã da última quarta-feira (22) e foi liberado após prestar depoimento. Júnior, que ficará preso no Conjunto Penal de Feira de Santana, afirma que não tinha premeditado o crime e que agiu de “cabeça quente”.
O delegado João Uzzum, por sua vez, disse ao Acorda Cidade que o acusado confessou o crime, mas foi contraditório em seu depoimento.
“Ele deu detalhes na versão dele e disse que agiu sozinho. No entanto, as imagens das câmeras de segurança são muito claras no sentido de afirmar que ele agiu com outro homem. Júnior afirmou que entrou no comércio de Sr. Manoel com o objetivo de conversar com Dona Vera (esposa da vítima) e, no entanto, não a encontrando, teria iniciado uma discussão com o comerciante, e após isso algemou o mesmo com algemas plásticas que teria encontrado no comércio. Ele disse também que ateou fogo no estabelecimento, vindo o fogo a atingir a vítima. Obviamente essa versão não convenceu a polícia. Esse cidadão planejou o crime, premeditou esse crime. É um absurdo se considerar que em um comércio onde vende frango assado seriam encontradas algemas plásticas. Ele comprou essas algemas, planejou, levou o produto inflamável e após imobilizar braços, mãos e pernas da vítima, derramou álcool sobre a vítima e ateou fogo. Ele praticou um homicídio duplamente qualificado e agora vai responder por isso”, declarou o delegado.
Manoel Carlos morreu na tarde de domingo (19), no Hospital Geral Clériston Andrade, onde estava internado desde a tarde de sábado, quando foi torturado, e teve 99% do corpo queimado na distribuidora de frangos, de sua propriedade, localizada na Avenida João Durval.
Fotos: Aldo Matos/Acorda Cidade
Informações do repórter Aldo Matos