Feira de Santana

Acusado de agredir companheira em residencial poderá responder por lesão corporal e ameaça

Mas, segundo a delegada Edleuza Suely, o acusado negou a maioria dos fatos relatados pela vítima e acusou a jovem de tê-lo agredido com mordidas e empurrões.

Laiane Cruz

O homem acusado de agredir a companheira de 18 anos em um apartamento do residencial Campo Belo, no bairro Campo do Gado Novo, em Feira de Santana, no dia 27 de fevereiro, poderá ser indiciado pelo crime de lesão corporal e ameaça, informou nesta terça-feira (8) a delegada Edleuza Suely, da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam). A jovem pulou do 2º andar do prédio onde mora para fugir das agressões do companheiro.

Mas, segundo a delegada Edleuza Suely, o acusado negou a maioria dos fatos relatados pela vítima e acusou a jovem de tê-lo agredido com mordidas e empurrões.

“Ele negou a maioria dos fatos, disse que não a ameaçou, não a agrediu, e que eles tiveram uma discussão por conta de ciúmes e que ela o agrediu com mordidas e empurrões. De fato ele apresenta algumas lesões, mas o fato é que ela estava realmente lesionada. Então estamos na fase final do inquérito, para conclusão e apresentação dos laudos e estaremos encaminhando em breve para o Ministério Público”, afirmou em entrevista ao Acorda Cidade.

Conforme a delegada, o acusado relatou que no momento em que a companheira pulou pela janela, ele estava em casa e ao perceber que ela teria fugido saiu à sua procura pelas redondezas do apartamento, mas não a encontrou.

“Pelas lesões que ela apresenta, ele praticou lesão corporal contra ela. E pelos detalhes que ela descreveu, ele também a ameaçou. Ele vai ter que responder ao processo. Ele diz que quando estava em casa, ao sair e retornar para a sala, ela não estava mais. Ao olhar pela janela, depois de procurá-la pelos cômodos da casa, ele percebeu que havia uma telha de amianto quebrada, um buraco grande, deduzindo que ela tinha pulado por ali. Então procurou pelas redondezas da casa, mas disse que não foi na casa de ninguém procurar, e quando encontrou uma prima que estava passando, ela teria respondido que não tinha visto a companheira dele”, disse.

A delegada salientou que pelos autos juntados nas investigações, o homem deverá responder ao processo.

“Ele vai responder ao processo, nosso entendimento é que houve ameaça e lesão corporal. O laudo é que vai dizer a gravidade das lesões, e será encaminhado para o Ministério Público. Se o órgão entender da mesma forma que nós, vai denunciá-lo por esses crimes. Se for denunciado por uma tentativa de feminicídio poderá pegar uma pena até maior do que o crime de ameaça. Eu acredito que não há desentendimento, pelas provas produzidas nos autos e também pela gravidade das lesões, tanto é que ela esteve internada na noite do fato e pela manhã recebeu alta. Isso implica em uma pena menor, pelo crime de lesão corporal e ameaça. Ainda vamos ouvir mais uma testemunha, mas é um fato que está bem claro, já pronto para ser encaminhado à Justiça, acredito que em até uma semana”, afirmou.

 

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