Feira de Santana

Sem pagamento, funcionários cruzam os braços e suspendem atendimentos da policlínica do Feira X

De acordo com eles, estão sem receber há dois meses.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade
Foto: Paulo José/Acorda Cidade
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Os funcionários da empresa Imaps, que presta serviço na policlínica do conjunto Feira X em Feira de Santana, cruzaram os braços na manhã desta terça-feira (1º), após completar dois meses, sem receberam os salários.

De acordo com uma enfermeira que não quis se identificar, o atendimento será normalizado, após ter uma definição com relação ao pagamento.

“Estamos há dois meses sem receber o nosso salário, somos terceirizados da empresa Impas, e somente aqui na policlínica deve ter uma média de 150 funcionários, envolvendo enfermeiros, técnicos, médicos e também o setor administrativo. A empresa informou que não há previsão de pagamento, dizem que a prefeitura não fez o repasse. Todos os pacientes que estão chegando aqui, nós estamos remarcando e outros, estamos vendo o que é possível fazer, mas a gente só retorna quando tiver o pagamento em mãos. Temos colegas passando necessidade, passando fome, conta de água e luz, atrasada e já cortaram, o pessoal está recebendo cesta básica, e não tem condições de continuar dessa forma”, pontuou.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Por conta da paralisação, muitos pacientes ainda estão na porta da unidade aguardando uma nova posição do atendimento.

Ao Acorda Cidade, Girleide Dias Santos, informou que saiu de casa por volta de 6h30 da manhã para ser atendida pelo gastroenterologista.

“Eu moro no bairro Campo Limpo, estava com essa consulta agendada para hoje, e quando chego aqui, tenho a surpresa que não vou ser atendida porque não está tendo atendimento. Eu sair de casa 6h30, a gente tem gasto com passagem, sai de casa cedo, e quando chega aqui, somos barrados. Isso é uma falta de respeito, e olha que eu ainda moro aqui em Feira, mas tem muita gente aqui de outra cidade que veio em busca de atendimento e vai voltar sem ser atendido. O meu agendamento era para 7h32, e olha que tenho várias patologias, tenho lúpus, preciso tomar medicação, mas e agora? Não vou ser atendida pelo médico hoje”, informou.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Karina de Souza Almeida, saiu da cidade de Cansanção. Segundo ela, hoje estava marcado um exame de endoscopia.

“Saímos de casa por volta de 2h da manhã, e quando chega aqui, a informação que o atendimento foi suspenso. Pegaram meus documentos, disseram que vão remarcar, mas infelizmente vai ser isso aí, voltar para casa sem ter nenhum atendimento”, informou.

Deraldo Gomes da Silva também foi surpreendido pela suspensão do atendimento. O paciente saiu da cidade de Ipecaetá, no intuito de realizar dois procedimentos.

“A gente agenda o carro com oito dias de antecedência, eu levantei hoje por volta de 3h da manhã, e quando a gente chega aqui, não tem atendimento. Eles precisam dar uma solução para este problema, me pediram para ligar na quinta-feira, mas hoje eu precisava fazer duas ultrassons, uma da próstata e outra da tireoide”, informou.

O que diz a prefeitura

Ao Acorda Cidade, a Prefeitura de Feira de Santana informou “que foi realizado repasse no valor de R$ 2.072.083,19 para a Associação de Proteção à Maternidade e à Infância de Mutuípe (Imaps), visando o pagamento da folha salarial dos trabalhadores da Policlínica do Feira X”. A prefeitura informou ainda que a Secretaria Municipal de Saúde vai notificar a empresa sobre o ocorrido e adotar as medidas necessárias.

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade

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