Feira de Santana

Regulação desmente prefeito de Feira de Santana e cobra melhor assistência de saúde

Diretora da Central Estadual de Regulação declarou que a baixa assistência do município leva a uma sobrecarga nas unidades do Estado.

diretora da Central Estadual de Regulação de Saúde, Rita Santos
Rita Santos | Foto: GOV-BA

A diretora da Central Estadual de Regulação de Saúde, Rita Santos, afirmou nesta quarta-feira (11) que não procede a informação divulgada em um áudio, que circula em Feira de Santana, sobre o número de pacientes aguardando transferência para unidades de saúde, por meio do sistema de regulação.

A diretora confrontou as declarações do prefeito Colbert Martins e lamentou que a “Prefeitura de Feira de Santana não ofereça cobertura de serviços essenciais em número suficiente para assegurar pleno atendimento da atenção básica” da rede municipal.

“Houve um áudio hoje com a informação de que havia em torno de 40 pacientes com infarto aguardando há mais de 15 dias em Feira de Santana. Essas informações que a gente tem ouvido não são verdadeiras, não tem fundamento. Na análise do nosso sistema de regulação foi observado que havia nas unidades de emergência quatro pacientes com diagnósticos de infarto, nenhum paciente acima de 15 dias aguardando vagas no sistema. Quando a gente avalia as informações repassadas, a gente percebe que não há veracidade na maioria das vezes. Se você observar, a maioria destes pacientes internados nas unidades de pronto atendimento de Feira de Santana, por exemplo, não precisam nem muitas vezes de atendimento de serviços de alta complexidade, mas internamentos, por exemplo, em leitos clínicas médicas. Um Hospital Municipal, se houvesse em Feira de Santana, já nos apoiaria bastante, não só retirando estes pacientes que giram em torno de 30 a 40% nestas unidades, mas também desafogando leitos especializados no Hospital Geral Clériston Andrade para que possa receber pacientes de maior complexidade”, explicou.

Ela também declarou que a baixa assistência do município leva a uma sobrecarga nas unidades de alta e média complexidade do Governo do Estado.

“Não vemos, não conseguimos enxergar, um apoio efetivo do município de Feira de Santana diante da necessidade de melhorar o atendimento de saúde no município. O que nós observamos ao longo destes anos é o empenho do governo do estado em ampliar serviços não só em Feira de Santana, mas também nos demais municípios. Quando a gente avalia os serviços que existem em Feira de Santana, a gente observa que os serviços de maior complexidade são serviços do estado. Não existem serviços de alta complexidade de gestão do município de Feira de Santana. Lá existem três unidades de pronto atendimento (UPAs), dentre elas uma é de gestão estadual, o Hospital Geral Clériston Andrade, que passou por ampliação para melhorias no atendimento, o Hospital Estadual da Criança, que é referência para toda a região centro-leste, e recentemente o estado da Bahia tem ampliado serviços através de contratos de credenciamento com o Hospital Dom Pedro de Alcântara, com credenciamento de ortopedia e dez leitos de UTI adulto. Além disso, teremos, em breve, serviços de cardiologia com atendimento de procedimento de hemodinâmica”.

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