Saúde

Orientação profissional de nutricionistas desempenha papel fundamental no combate à compulsão alimentar

O transtorno é caracterizado pelo consumo excessivo de alimentos em um curto período de tempo (cerca de duas horas, mesmo sem fome e já saciado).

compulsão alimentar
Foto: Freeík

De acordo com os dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde – OMS, cerca de 4,7% da população brasileira sofre de algum tipo de transtorno relacionado à alimentação. Os transtornos alimentares descrevem doenças que são caracterizadas por hábitos alimentares irregulares e sofrimento grave ou preocupação com o peso ou a forma do corpo.

A compulsão alimentar é um desses exemplos. O transtorno é caracterizado pelo consumo excessivo de alimentos em um curto período de tempo (cerca de duas horas, mesmo sem fome e já saciado). É considerado como um transtorno mental e envolve não só descontrole físico, mas está associada a questões psicológicas e emocionais.

Quando não tratada, a compulsão pode levar ao ganho de peso, baixa autoestima, além do sentimento de culpa e tristeza, que podem levar à problemas mais graves, como a depressão. Por isso, o acompanhamento profissional com psicólogo e nutricionista são importantes no tratamento desse transtorno.

De acordo com a nutricionista Larissa Baccaro, existem sinais de que a pessoa está com compulsão alimentar. Ela ressalta que ao observar esses sinais, é preciso buscar auxílio médico para o diagnóstico e tratamento adequado.

“Alguns sinais são o consumo de grandes quantidades de alimento em um curto período de tempo, acompanhada do sentimento de culpa e a pessoa não consegue manter o controle, sendo incapaz de conter o impulso. Além disso, pessoas com dietas restritivas ou realizadas de forma incorreta, também podem desencadear a compulsão alimentar. Outros sinais são: comer rápido ou escondido, comer como forma de recompensa e comer mesmo sem estar com fome”, alertou.

A nutricionista e professora do curso de Nutrição da Estácio em Feira de Santana, destaca que identificar os gatilhos que fazem a pessoa ter crises de compulsão, além de fazer terapia são de grande importância no tratamento. Outra estratégia citada por ela é estabelecer uma rotina alimentar equilibrada, com refeições balanceadas, o que vai ajudar a pessoa a saber quando a fome é fisiológica e quando poderia ser um episódio de compulsão por algum gatilho.

“Por isso o profissional de Nutrição é importante nesse tratamento, pois irá ajudar o paciente a ter uma boa relação com o alimento, controlando assim os impulsos alimentares, e favorecendo novos hábitos saudáveis”, ressaltou Larissa Baccaro.

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