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Junho Vermelho: mês dedicado a doação de sangue evidencia baixo estoque em unidades do Hemoba

Com o objetivo de conscientizar a população a praticar este gesto de amor ao próximo, anualmente, o mês de junho foi escolhido como o período para alavancar as doações de sangue.

Hemoba
Foto: Ed Santos/ Acorda Cidade

A frase ‘doar sangue é doar vida’ não é uma simples expressão. Comprovadamente, o gesto de se disponibilizar a doar sangue pode garantir a sobrevivência de inúmeras pessoas. Mas, apesar de tão importante no tratamento de pacientes hospitalizados, os bancos de sangue continuam com estoque crítico em diversas localidades.

Com o objetivo de conscientizar a população a praticar este gesto de amor ao próximo, anualmente, o mês de junho é escolhido como o período para alavancar a prática, justamente, por ser um mês em que poucas doações são realizadas. Intitulado como o “Junho Vermelho”, neste mês também se comemora o Dia Mundial do Doador de Sangue, no dia 14.

Como parte das ações de conscientização sobre esta causa e a importância da doação de sangue no sentido de salvar vidas, o Acorda Cidade esclareceu alguns mitos e verdades sobre o gesto com a Coordenadora administrativa da Fundação de Hematologia e Hemoterapia da Bahia (Hemoba) de Feira de Santana, Elizete Sena.

Elizete Sena
Foto: Ed Santos/ Acorda Cidade

A doação de sangue, como mencionado anteriormente, é um ato nobre e totalmente seguro. De acordo com a coordenadora do Hemoba, a prática também é uma oportunidade de garantir uma melhora na condição de saúde de pacientes hospitalizados.

“A importância é exatamente estimular o mês de campanha da doação de sangue, como o dia 14 de junho, que é comemorado o Dia Mundial do Doador de Sangue. A importância é fortalecer o doador regularmente já que doar sangue é doar um pouco de si em prol de salvar outras vidas. Por meio desse gesto, o banco de sangue pode fornecer aos hospitais as bolsas de sangue para atender pacientes que enfrentam condições de saúde grave e que esse sangue pode melhorar essa condição de saúde”, disse.

Mitos e verdades

Para quem nunca doou sangue ou tem vontade de se tornar um doador, muitos mitos impedem que a prática seja realizada, por achar que doar sangue pode trazer malefícios. Conforme Elizete Sena, a doação de sangue não oferece nenhum risco de contrair doenças infecciosas.

Além de destacar os mitos que envolvem a doação de sangue, a coordenadora também evidenciou o que de fato acontece ao se tornar um doador.

“O mito é que se a pessoa doar sangue ela pode adoecer, isso é mentira. O material é completamente descartável. Fala-se muito também que uma vez que a pessoa doe sangue, ela se torna obrigada a doar, mas ninguém é obrigado, o gesto é altruísta, totalmente voluntário. A verdade é que doar sangue é um bem para outras pessoas, e fazer o bem faz bem a nós mesmos. Mulheres podem doar a cada três meses, são três doações ao ano e homens a cada dois meses, dentro do período de ano, quatro doações. Em média são doados de 410 a 470ml, seguindo o cálculo pelo peso”.

Estoque

Com unidades de doação espalhadas por toda a Bahia, o Hemoba sempre apresenta um estoque baixo ou crítico de doações de sangue, principalmente em meses que possuem datas comemorativas.

Ainda segundo a coordenadora do Hemoba, os tipos positivos e principalmente os negativos de sangue são os que mais registram baixa adesão no estoque.

“A nossa unidade, como toda unidade da rede Hemoba, sempre não consegue chegar a um estoque seguro. Nosso estoque sempre está crítico porque a nossa demanda sempre está acima da capacidade que nós temos, porque sangue não compramos na farmácia, precisamos de um doador. Os mais críticos são os negativos, eles são tipos de sangue mais raros e os positivos também têm uma dificuldade, a depender da demanda. As doações têm mais do tipo positivo, mas em compensação se tem uma população com o fator RH positivo, obviamente vamos precisar de mais doadores que tenham O + e A +”.

Neste mês de junho várias estratégias foram criadas a fim de alavancar as doações, como parcerias entre empresas e grupos religiosos. Elizete Sena aproveitou para reforçar a importância de se tornar um doador voluntário.

“Estamos articulando com alguns parceiros de igreja, empresas, comunidade, busca ativa que é a captação de doação está sempre fazendo, que é ligando para alguns doadores que são regularmente fiéis na doação, e estamos preparando cada vez mais estratégias para que venham a aumentar a doação de sangue. A população pode ajudar se despertando para o ato solidário, percebendo que precisa se sensibilizar. Um doador voluntário nasce quando ele chega ao hospital e não tem um tipo de sangue para o seu familiar, aí essa família se desespera e a pessoa percebe que necessita de outras pessoas que estejam disponíveis para vir a unidade do banco de sangue para doar, então o doador é aquele que muitas vezes vai a unidade sem saber a quem doar, mas que também quer fazer o bem”, frisou.

Critérios

Os critérios para se tornar um doador de sangue também são simples. A unidade do Hemoba Feira de Santana está localizada na Avenida Maria Quitéria, próximo a TV Subaé e funciona das 7h30 às 17h, de segunda a sexta-feira e aos sábados das 7h30 às 12h30.

Elizete Sena finalizou destacando os requisitos da pré-doação.

“Os critérios são simples, estar em perfeito estado de saúde, vir com o documento oficial com foto, ter entre 16 a 69 anos, sendo que o de menor precisa vir com o responsável legal. Quem doa tem que ter acima de 50 quilos. Quem tem 69 anos já tem que ter doado até 60 anos, esses são os requisitos básicos para fazer os cadastros. Ao contrário do laboratório, a pessoa tem que se alimentar, mas evitando alimentos pesados e gordurosos. Estudos dizem que praticar a solidariedade faz bem, nos deixa contentes, satisfeitos como nós mesmos e com a vida. Então, vamos praticar o bem”, finalizou.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

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