25 de junho

Dia Mundial do Vitiligo: entenda quais são os sintomas e impactos da doença que não tem cura, mas pode ser tratada

Nesta terça-feira (25), é considerado o Dia Mundial do Vitiligo e a data chama atenção para a conscientização e atenção à doença que acomete mais de um milhão de pessoas no Brasil.

Vitiligo
Foto: Freepik

O vitiligo é uma doença que se caracteriza pela perda da coloração da pele, devido à diminuição ou ausência das células responsáveis pela produção da melanina. Nesta terça-feira (25), é lembrado o Dia Mundial do Vitiligo. A data chama a atenção para a conscientização e atenção à doença que acomete mais de um milhão de pessoas no Brasil.

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Em alusão a data e a importância da informação como forma de auxiliar e conhecer sobre a doença, o portal Acorda Cidade ouviu o médico dermatologista Leonardo César, para saber o que é e como o vitiligo se apresenta.

Médico dermatologista
Foto: Ney Silva/ Acorda Cidade

Conforme o médico, as manchas presentes no vitiligo são brancas e a percepção do paciente para a doença pode acontecer com a diminuição da cor da pele.

“O vitiligo é considerado uma doença, é uma desordem da pele onde ocorre uma alteração da pigmentação. As células chamadas de melanócitos, que produzem a melanina, deixam de fabricar a melanina e aparecem manchas brancas. É uma lesão e alteração somente de pele e normalmente, a pessoa começa a perceber que a pele clareou, como se formassem manchas brancas, cor de papel”, disse.

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  • Possíveis causas

    As causas do vitiligo, segundo o médico dermatologia podem ser multifatoriais, ou seja, por condições genéticas ou até mesmo por questões emocionais.

    “Em 30% dos casos, pode ter associação genética. Por exemplo, alguém da família que teve vitiligo. Mas o vitiligo ainda não tem uma causa definida, ele pode ser multifatorial. Então, o fator emocional pode ser um gatilho para desencadear o vitiligo, uma questão genética ou desordens autoimunes, como às vezes a pessoa tem uma tendência à tireoidite ou hepatite, pode acontecer também”, ressaltou Leonardo César ao Acorda Cidade.

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    Diagnóstico

    Ao notar qualquer anormalidade ou aparecimento de manchas pelo corpo, é essencial procurar um dermatologista, já que é o profissional especialista no diagnóstico de doenças da pele, como o vitiligo.

    Sobre a utilização de exames para chegar ao diagnóstico de vitiligo, o médico dermatologista também explicou.

    “A pessoa precisa procurar um dermatologista, porque são diversas manchas brancas em que uma delas é o vitiligo, tem outras causas também, existem outras doenças que causam a mancha branca, então o dermatologista é o profissional habilitado para dar diagnóstico. Muitas vezes só com o aparelho de dermatoscopia, que é um aparelho que a gente usa na consulta ou, em casos mais raros, utilizamos a biópsia de pele”.

    Tipos e público acometido

    Mais de um milhão de pessoas possuem o vitiligo no Brasil. A doença pode também ser classificada através de tipos. Ao Acorda Cidade, Leonardo César também explicou as áreas do corpo em que o vitiligo se apresenta.

    “De uma maneira geral, pode atingir os dois lados das mãos, dos pés, de uma maneira bilateral e tem a questão segmentar que às vezes é uma manchinha na orelha, uma manchinha na região genital, pode acontecer nas duas formas. O vitiligo pode acontecer nos dois gêneros, inclusive crianças. O vitiligo tem se apresentado bastante na população mais jovem, antes dos 50 anos, de uma maneira geral, mas já pode acontecer desde criança”, frisou.

    Tratamento

    O tratamento do vitiligo é feito a partir da necessidade do paciente, já que a doença se apresenta de formas diferentes em cada organismo. De acordo com Leonardo César, a utilização de medicamentos ou fototerapia podem ser alternativas para o tratamento da doença.

    “O vitiligo ainda não tem um tratamento padrão que sirva para todas as pessoas, o que pode funcionar para um, pode não funcionar para o outro porque depende da questão genética, do tempo de evolução da doença, depende de questões emocionais, então se não trabalhar o fator emocional da pessoa não tem como ter uma boa resposta, mas de uma maneira geral podemos usar cremes, comprimidos, fototerapia que é uma terapia com a luz, tanto a luz na máquina quanto a luz do sul associada a medicamentos e em muitos casos têm bons resultados”.

    Impactos

    O vitiligo não tem cura, e o aparecimento desta doença pode afetar o paciente de diversas formas, como a autoestima e a saúde mental. Ao haver o diagnóstico, é de suma importância que o paciente receba o apoio necessário para enfrentar um possível sofrimento social ou psicológico.

    Sobre este assunto, o médico dermatologista informou que, além do tratamento médico, o apoio da família e de profissionais capacitados auxiliarão na qualidade de vida do paciente.

    “Apesar de não ser grave e não levar o paciente à morte ou a uma doença mais séria, é uma mancha estética, então tudo que pode causar algo diferente, estranheza, pode causar um impacto emocional e isso deve ser trabalhado porque as pessoas são diferentes e devemos conviver com todos os tipos de diferenças. Além do tratamento médico, é recomendado o tratamento psicológico com terapeutas, terapias holísticas, o apoio familiar, frequentar grupos de apoio. Tem pessoas que têm vitiligo e o tratamento é extenso, então é super importante esse apoio”, concluiu.

    Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade

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