Brasil

Dia da imunização: Brasil registra alta na vacinação infantil, mas ainda há preocupação

Neste dia 9 de junho, a data serve para chamar a atenção para a importância das vacinas, tanto para o indivíduo como para a saúde coletiva.

vacinação contra a dengue
Foto: Thiago Paixão

Após anos de queda, as taxas de vacinação infantil registraram alta para a cobertura de 13 das 16 vacinas do calendário oferecido pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) em todos os estados brasileiros.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, em 2023, entre as crianças com 1 ano de idade, os imunizantes contra hepatite A, poliomielite, pneumocócica, meningocócica, DTP (difteria, tétano e coqueluche) e tríplice viral 1ª dose e 2ª dose (sarampo, caxumba e rubéola) registraram crescimento. Também houve aumento na cobertura da vacina contra a febre amarela, indicada aos nove meses de idade.

Apesar da melhora da cobertura, ainda há preocupação, já que o ano de 2015 foi o último a alcançar a taxa de 95% de cobertura vacinal – a meta necessária de pessoas vacinadas para considerar a doença sob controle. Neste dia 9 de junho, é comemorado o Dia da Imunização, data para chamar a atenção para a importância das vacinas, tanto para o indivíduo como para a saúde coletiva.

“A vacinação garante a imunidade de rebanho, que é quando grande parte da população está vacinada e a propagação de doenças é reduzida. Isso faz com que proteja pessoas que ainda não podem ser vacinadas por motivos médicos, a exemplo de bebês muito jovens. Então a atualização da carteira de vacina não é essencial apenas para a saúde individual, mas para a proteção coletiva”, afirmou a coordenadora do curso de Enfermagem da Estácio em Feira de Santana, Jayanne Carneiro.

Ela lembra que manter os índices elevados da vacinação no país previne surtos e epidemias, o que é de grande importância para a saúde pública. A enfermeira ainda cita benefícios sociais e econômicos.

“A vacinação vai assegurar um desenvolvimento saudável para as crianças, reduzindo questões sociais, como falta da criança na escola por motivos de doença, e impacta até na economia, já que o tratamento posterior a doença faz com que ocorra mais gastos para a família e para o sistema de saúde como um todo” explicou.

Jayanne destaca que com o baixo índice de vacinação, a população fica mais vulnerável a surtos de doenças. Além disso, gera impacto no sistema de saúde pública, já que o aumento nos casos de doenças pode sobrecarregar o sistema, dificultando o atendimento a outras condições de saúde ainda não preveníveis.

“Manter o calendário de vacina atualizado é de extrema importância pois, a vacina protege as crianças diretamente contra doenças graves e que podem levar a morte, como poliomielite, sarampo e coqueluche. A vacinação é a maneira mais eficaz de prevenir essas doenças. Sem a vacina, doenças que foram erradicadas podem retornar, o que significa uma ameaça à saúde pública”, alertou.

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