Política

'Não votaria nela hoje', diz Torres sobre Eremita Mota na presidência da Câmara

Torres disse que a decisão de a vereadora assumir ou não cabe agora ao departamento jurídico, que analisa o caso.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

O vereador e presidente da Câmara de Vereadores de Feira de Santana, Fernando Torres (PSD), declarou na manhã desta quinta-feira (15) que não se arrependeu de ter antecipado as eleições da nova Mesa Diretiva da Casa da Cidadania e de ter apoiado a vereadora Eremita Mota (PSDB) para assumir o cargo em seu lugar, mas que se as eleições fossem hoje não votaria na parlamentar.

“Não me arrependi de ter apoiado Eremita, porém hoje eu não votaria nela, por questão de conhecer melhor”, afirmou Fernando Torres, em meio a especulações sobre supostas irregularidades no processo que elegeu Eremita Mota à presidência da Câmara.

Ainda em entrevista ao Acorda Cidade, Torres disse que a decisão de a vereadora assumir ou não cabe agora ao departamento jurídico, que analisa o caso.

“Se a vereadora não assumir, é porque algo de irregular ela está cometendo, mas isso aí não cabe a mim, é um problema jurídico. Não sei se ela vai assumir ou não, mas é uma decisão judicial e não da Câmara”, apontou.

Para a vereadora Eremita Mota, os rumores sobre supostas irregularidades e de que não iria assumir o mandato a partir de janeiro partiram do próprio Fernando Torres, que, na opinião dela, estaria arrependido de deixar o poder e de não ter colocado seu nome na chapa para reeleição, mesmo sabendo que não podia.

Questionado sobre esse assunto, o atual presidente disse que preferiu não se candidatar à reeleição, e que já estava determinado a cumprir o mandato de dois anos.

“Eu falei desde quando me elegi a presidente que não seria candidato à reeleição, que só ficaria dois anos como presidente da Casa, e estou finalizando neste momento meu mandato, este mês, e a semana que vem vou chamar a imprensa e mostrar tudo que fizemos pela Câmara e tudo aquilo que desejamos e não conseguimos, porque claro sempre fica algo que a gente não consegue fazer. Mas maioria das situações que a gente quis fazer e prometeu foram feitas, que por último foi a reforma da Câmara, que acredito finaliza até o final do mês e vamos entregar a Câmara bonita, organizada, para que a imprensa e a comunidade possam frequentar a Casa com mais conforto”, afirmou.

Ele reiterou que não quis ser candidato, mas que existe uma discussão jurídica acerca deste assunto, para saber se pode ou não um presidente se candidatar à reeleição da Câmara de Vereadores.

“Eu não quis ser candidato, porém existe uma discussão jurídica para ver se pode ou não. A Câmara de Salvador está sub judicie, que o presidente foi reeleito, o Geraldo Júnior, que é meu amigo e vai ser o vice-governador da Bahia a partir de janeiro. A chapa dele está sub judicie, e eu acredito que a reeleição poderia acontecer, mas eu disse desde o primeiro dia que não seria candidato”, completou.

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade

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