Caso Emerson

Autor de disparo contra chapista no bairro Tomba tem pedido de prisão preventiva representada

O delegado também declarou que o autor apresentou informações falsas, o que atrapalhou as investigações.

Emerson Freitas Santos
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

O homem acusado de ter disparado um tiro contra o chapista Emerson Freitas Santos, na madrugada do dia 9 de julho do ano passado, teve a prisão preventiva solicitada pela Polícia Civil.

A informação foi confirmada por João Rodrigo Uzzum, delegado adjunto da 1ª Delegacia Territorial e que investiga o caso.

O acusado já tinha se apresentado na companhia do advogado no dia 11 de julho, mas permanecia em liberdade.

Em entrevista ao Acorda Cidade, o delegado informou que o inquérito foi concluído e remetido à Justiça.

Delegado João Uzzum
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

“Esse inquérito já foi concluído com êxito, já foi remetido à justiça, inclusive nessa data com o resultado de indiciamento do autor, pelo delito de tentativa de homicídio qualificado pelo motivo fútil e também posse ilegal de arma de fogo. Ao final do meu relatório, com a representação pela decretação da prisão preventiva do autor”, explicou.

Questionado pelo tempo que levou até o inquérito ser concluído, o delegado explicou que todas as investigações aconteceram dentro do prazo de sua natureza, inclusive com investigações na cidade de Salvador.

O delegado também declarou que o autor apresentou informações falsas, e que atrapalharam as investigações.

“Não houve demora. Esse foi um inquérito que se iniciou na metade do ano passado, em julho, foi um inquérito que está dentro de uma normalidade do trâmite. Nós levamos menos de um ano para concluir todas as investigações. Há que se considerar a complexidade do fato que envolveu, porque não se concentrou única exclusiva numa questão relativa a uma briga de trânsito. Ocorreu ali uma discussão, ocorreu disparo. A partir do instante em que localizamos o autor e ele se apresentou, ele passou a fornecer informações não verídicas acerca do paradeiro da arma utilizada no delito. Então nós passamos a desenvolver investigações, inclusive de cunho de inteligência, que passaram por quebra de sigilo telefônico, quebra de telemática, ou seja, envolvendo as redes sociais, e uma série de outras coisas, isso demora um pouco, a partir daí nós localizamos um contato do autor, no qual era inclusive um ex-policial que possuía uma arma semelhante à que foi utilizada, vale ressaltar essa questão, uma arma semelhante à que foi utilizada, conseguimos uma busca e apreensão, fomos para Salvador e efetuamos essa busca, onde lá nos encontramos não só uma, mas duas armas com as mesmas características”, enfatizou.

Após a apreensão das armas, foi necessário realizar perícias para comprovação balística.

“Foi também apreendida uma certa quantidade de dinheiro na casa dessa pessoa, e a partir daí mandamos essas armas para o confronto balístico com o projétil retirado da cabeça da vítima, isso também é uma perícia um pouco demorada, veio o resultado como sendo negativo, vieram também os resultados da perícia realizada no telefone do suspeito apreendido em Salvador, que também é uma perícia que pela sua natureza demora um pouco, então, quando se concluíram todas as perícias, quando se concluíram todas as investigações, o inquérito foi relatado e remetido, detalhe, o inquérito absolutamente completo, não há mais nada a ser feito nesse inquérito, vai ser apreciado pelo Ministério Público, mas eu não tenho dúvidas que vai resultar numa condenação muito sólida do autor do delito”, disse em entrevista ao Acorda Cidade.

O delegado João Rodrigo Uzzum também lembrou do deslocamento em vão da equipe de mergulhadores do Corpo de Bombeiros, para tentar encontrar a arma que foi supostamente jogada em um rio.

“Ele faltou com a verdade, fez com que a polícia se deslocasse até Coração de Maria, acionasse a guarnição do Corpo de Bombeiros, especializada em mergulho, que veio de Simões Filhos buscar essa arma em um rio que supostamente ele teria jogado, uma série de questões que eu achei por bem representar pela prisão preventiva. Foi uma discussão por causa de uma situação extremamente fútil, não houve sequer um acidente, não houve um choque entre os veículos, tiveram na verdade, uma moto e um veículo, não houve um choque, e se inicia uma discussão ali. Ambos tinham vindo de comemorações, é possível que haviam ingerido bebida alcoólica, e ao invés de ir embora e seguir com a vida dele, ele resolveu pegar uma arma e dar um tiro na pessoa. A alegação que achou que a outra parte iria atirar nele, iria sacar uma arma, mas, obviamente, isso não se sustenta”, afirmou.

Ao Acorda Cidade, o delegado explicou que agora o processo é de responsabilidade do Ministério Público, pois o inquérito com mais de 400 páginas já foi concluído.

“Eu representei pela prisão preventiva, o Ministério Público vai analisar esse quesito específico, evidentemente, se vai entender por dar o parecer favorável ou não, e também a Justiça, se vai ou não decretar. O fato nesse caso, é que o inquérito ficou muito sólido, foi um inquérito muito robusto, grande, enfim, algo em torno de quatrocentas e tantas páginas, com vários laudos, com várias perícias, vários depoimentos, filmagens, e que conduzirão, sem dúvida nenhuma, a uma condenação”, concluiu.

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