Nesta terça-feira (24), a motorista por aplicativo acusada de agredir uma passageira na tarde de segunda-feira (23) compareceu ao Complexo Policial do Jomafa, na 1ª Delegacia Territorial de Feira de Santana, em Feira de Santana, a fim de prestar depoimento a respeito do caso.
Em entrevista ao Acorda Cidade, o advogado da motorista, Marcos Silva informou que a sua cliente e passageira entraram em luta corporal e que as agressões foram mútuas.
“Existiu uma passageira que solicitou uma corrida por aplicativo e nessa corrida aconteceu uma confusão entre elas. As duas entraram em luta corporal. Houve puxões de cabelo, empurrões, mas jamais tentativa de homicídio como alguns veículos divulgaram no Instagram e Facebook. Em nenhum momento dona Márcia atentou contra a vida da passageira, é importante deixar isso bem claro. Inclusive dona Márcia está aqui na delegacia, neste momento, relatando o que aconteceu e pedindo a perícia do veículo que teve a parte da frente e traseira danificadas. Ela está aqui fazendo a perícia para que seja restituído esse prejuízo”, expôs.
Marcos abordou que sua cliente possui dois anos atuando como motorista por aplicativo.
“Nunca teve qualquer registro negativo e com essa situação ela está suspensa, sem poder trabalhar. É uma pessoa que faz a gestão de sua casa, e como ela vai levar o pão para casa? Eu, enquanto advogado, estou acompanhando ela, a fim de esclarecer que em nenhum momento houve agressão unilateral, mas sim uma agressão mútua. E em nenhum momento existiu canivete, faca ou estilete”, pontuou.
O advogado relatou ao Acorda Cidade que não possui a informação sobre quem causou danos ao veículo.
“Ela não me passou essa informação, mas com certeza neste momento ela está, aqui na delegacia, sendo ouvida e com certeza ela vai informar”, disse.
Marcos Silva contou que o nome da sua cliente está sendo divulgado em vários lugares em Feira de Santana.
“O nome dela está rodando nos quatro cantos da cidade de Feira de Santana, pessoas cometendo vários atos criminosos inclusive de injúria racial, então ela está aflita e nervosa… uma pessoa que nunca passou por uma situação dessa”.
O fato é criminoso e o caso será investigado pela delegacia, disse o advogado.
“Este fato quem tem que esclarecer não sou eu enquanto advogado, não é a outra parte, mas sim a delegacia. Estamos fazendo o que precisa ser feito. A delegacia está colhendo o depoimento dela, foi colhido o depoimento da suposta vítima, a passageira, e a partir disso o delegado de polícia vai investigar e verá a situação, se houve crime; se não houve, qual é a capitulação legal e qual o destino para esse fato”, esclareceu.
O advogado explicou que o papel da defesa é buscar um acordo entre as partes.
“Eu acredito que são duas jovens, duas pessoas que têm uma vida pela frente, são pessoas honestas, trabalhadoras que se envolveram em uma situação, de repente, de cunho emocional e que podem sim, amanhã ou depois, sentarem para conversar e tentarem inclusive fazer um acordo. Tentar, pelo menos, esquecer o que aconteceu e seguir a vida normal, pelo menos esse é o papel da defesa”, concluiu o advogado.
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Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.
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