Feira de Santana

Médico que fez implante capilar em comerciante que morreu diz que paciente pediu para ir ao banheiro antes de concluir o curativo

Delegada vai solicitar relatório da Vigilância Sanitária sobre clínica onde comerciante realizou o procedimento

Rachel Pinto

O médico que realizou o implante capilar do comerciante Cláudio Marcelo de Almeida, que morreu no dia (27), após fazer o procedimento, foi ouvido ontem (4) pela delegada Ludmilla Vilas Boas e Santos, titular da 1ª Delegacia (1ª DT) de Feira de Santana. Ela informou ao Acorda Cidade sobre os próximos passos da investigação da morte de Cláudio, entre eles a solicitação de um relatório da Vigilância Sanitária sobre o funcionamento da clínica.

Ludmilla relatou que durante o depoimento prestado o médico negou alguns fatos narrados pela família, apresentou dados técnicos a respeito do procedimento do implante capilar e falou sobre os anestésicos utilizados.

“Nós fizemos uma oitiva de quase quatro horas com ele e nós vamos agora aguardar as informações que serão prestadas pelo Conselho Regional de Medicina (CRM) que nós provocamos por meio de ofício e a depender do que CRM nos disser, a depender do resultado dos laudos de necropsia e toxicológico pode ser que nós tenhamos a necessidade de fazer novos questionamentos ao CRM ou até ouvir novamente o médico. Falta ainda que nós ouçamos os demais funcionários da clínica, a quem os quais ele já informou os nomes e os telefones. Também intencionamos fazer a oitiva dos funcionários do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) que atenderam a ocorrência para entender a dinâmica dos fatos”, afirmou.

Paciente passou mal

Segundo a delegada, o médico relatou que na mesma semana em que houve o implante capilar e a morte de Cláudio, a clínica foi inspecionada pela Vigilância Sanitária. Ele disse à polícia também as circunstâncias em que o paciente passou mal após o procedimento.

“Vamos solicitar à Vigilância Sanitária que nos apresente uma cópia do relatório realizado. Ele confirmou que Cláudio estava caído no chão, havia passado mal após a conclusão do procedimento e pediu inclusive antes de concluir o curativo para ir ao sanitário. No sanitário, passou mal, se urinou, quando a equipe optou por colocá-lo no chão e levantar as pernas para que realizassem os procedimentos para que ele voltasse a si. Segundo ele, a família chegou nesse momento quando a equipe iniciava os procedimentos para fazer com que Cláudio voltasse ao normal”, destacou.

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